A Rússia sofreu uma perda catastrófica na última sexta-feira, 21 de setembro, ao realizar o lançamento do “Sarmat II”, um míssil balístico intercontinental.
De acordo com imagens de satélite capturadas no local, uma falha no lançamento do míssil provocou a abertura de uma cratera com cerca de 60 metros no Cosmódromo de Plesetsk, no norte da Rússia.
Projetado para atingir alvos distantes, como a Europa e até mesmo a América do Norte, o míssil possui 35 metros de comprimento, com um alcance de 18.000 km e um peso de lançamento de mais de 208 toneladas.
Contudo, apesar de todo o poderio, essa é a quarta vez que o teste do míssil falhou desde que começou a ser desenvolvido em 2018 para substituir o antigo modelo em uso na então União Soviética.
Em 2023, Sergei Shoigu, ministro da defesa na ocasião, descreveu o míssil como sendo “a base das forças nucleares terrestres da Rússia”.
Vale destacar que a Rússia possui atualmente 5.580 ogivas nucleares registradas, segundo informações da Federação dos Cientistas dos EUA.
Guerra na Ucrânia
A utilização de mísseis supersônicos, ou seja, com capacidade de voar a mais de 6 mil km/h e atingir alvos a até dois mil quilômetros de distância, foram utilizados em batalha pela primeira durante a invasão da Ucrânia. Esse foi o primeiro registro desse tipo de tecnologia sendo usado em uma guerra.
Por isso mesmo, esse tipo de teste é estratégico para a Rússia em seu conflito com o país vizinho, uma vez que ele reforça a manutenção da Rússia como superpotência militar.