O caça indiano Tejas, desenvolvido pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL), tem chamado a atenção internacional e pode ser uma opção para a Força Aérea Brasileira (FAB). Com um design moderno de asa delta e fabricado majoritariamente com materiais compostos, o caça foi projetado para substituir os antigos MiG-21 da Índia. Contudo, desde o início de seu desenvolvimento, o programa enfrentou uma série de problemas que geraram questionamentos sobre sua viabilidade.
Iniciado em 1983, o projeto do Tejas sofreu atrasos significativos devido a questões técnicas e burocráticas, o que resultou em um cronograma de desenvolvimento estendido por mais de três décadas. Inicialmente planejado para ser equipado com um motor indiano, a aeronave acabou utilizando motores da General Electric, comprometendo a independência tecnológica do país em um de seus principais programas de defesa.
Além dos problemas com a motorização, o Tejas também enfrentou dificuldades na integração de sistemas de radar e aviônicos, afetando sua eficácia em combate. A baixa taxa de produção e problemas na manutenção do caça limitaram sua capacidade operacional, com a aeronave enfrentando críticas da Controladoria e Auditoria Geral da Índia.
Em resposta às deficiências identificadas, a versão Mark 1A do Tejas foi desenvolvida para corrigir os problemas mais graves. Embora essa nova variante tenha prometido melhorias, a produção e certificação continuam atrasadas, o que mantém as dúvidas sobre sua plena operacionalidade.
Diante dessas questões, especialistas questionam se a aquisição do Tejas pela FAB seria uma escolha vantajosa. A comparação com caças como o Gripen, já em uso no Brasil, e o italiano M346, mais adequado para substituir o AMX A1M, levanta dúvidas sobre o custo-benefício do Tejas para as necessidades brasileiras.
Com informações de: Global Militar