Em visita recente à Europa, o presidente ucraniano Volodimir Zelenski surpreendeu ao sugerir que a guerra com a Rússia poderia chegar ao fim já em 2025. Durante encontros com importantes líderes europeus, Zelenski destacou que, antes de qualquer resolução, será necessário negociar um cessar-fogo que permita uma pausa estratégica nos confrontos. Essa proposta, contudo, enfrenta vários desafios, tanto no campo militar quanto no diplomático.
Zelenski se reuniu com líderes de peso, como Giorgia Meloni, da Itália, Emmanuel Macron, da França, e Olaf Scholz, da Alemanha. As conversas, segundo fontes, têm dois objetivos principais: garantir o apoio militar e financeiro contínuo do Ocidente e acelerar a adesão da Ucrânia à União Europeia. Ambos os pontos são cruciais para o futuro da Ucrânia, que tem sofrido duramente com as consequências da invasão russa.
Desde o início do conflito, a Ucrânia tem contado com a ajuda militar de seus aliados ocidentais, em especial dos Estados Unidos e de países da OTAN. No entanto, Zelenski sabe que esse apoio não é garantido a longo prazo, e um de seus principais desafios é manter o interesse e o compromisso internacional com a causa ucraniana. Garantir um suporte estável é fundamental para a sobrevivência militar e econômica do país.
Outro ponto levantado por Zelenski é a importância da rápida entrada da Ucrânia na União Europeia. Para o presidente ucraniano, essa adesão não se trata apenas de segurança geopolítica, mas de reconstrução econômica. Integrar-se à União Europeia daria ao país acesso a mercados e financiamentos essenciais para a recuperação pós-guerra, além de aumentar a estabilidade política em um momento de grande pressão interna.
No campo de batalha, a situação da Ucrânia tem se tornado cada vez mais difícil. Desde o início de 2024, as forças ucranianas têm enfrentado reveses significativos, especialmente na região do Donbas, onde as tropas russas avançaram. O exército ucraniano perdeu território importante nos últimos meses, o que limita suas opções para novas ofensivas em 2025, especialmente com o inverno rigoroso se aproximando.
A proposta de cessar-fogo apresentada por Zelenski não indica o fim imediato da guerra, mas uma pausa nas hostilidades para que ambos os lados consolidem suas posições. No entanto, ele deixa claro que não pretende reconhecer formalmente os territórios ocupados pela Rússia. Isso adiciona complexidade às negociações, já que Moscou insiste em manter as áreas conquistadas como parte de seu território.
Outro ponto central na estratégia de Zelenski são as garantias de segurança que ele busca obter dos aliados ocidentais. O presidente ucraniano quer acordos que ofereçam proteção militar à Ucrânia, semelhantes às garantias que os Estados Unidos fornecem a países como Japão e Coreia do Sul. Esse tipo de acordo seria essencial para evitar novas agressões russas, mesmo após um eventual cessar-fogo.
A tarefa de Zelenski, no entanto, não será fácil. A Europa ainda está dividida em relação à entrada da Ucrânia na União Europeia, e a Rússia, sob o comando de Vladimir Putin, permanece determinada a não ceder os territórios que já conquistou. Além disso, o financiamento da máquina de guerra russa, sustentada principalmente pelas receitas do petróleo, continua a dar a Moscou os recursos necessários para prolongar o conflito.
Zelenski é ambicioso ao sugerir que a guerra pode acabar em 2025, mas essa previsão depende de vários fatores que fogem ao seu controle. O sucesso dessa estratégia estará diretamente ligado à capacidade do exército ucraniano de resistir no campo de batalha e ao apoio contínuo de seus aliados ocidentais.
Enquanto as negociações continuam e os confrontos no leste da Ucrânia se intensificam, a guerra parece longe de um desfecho definitivo. No entanto, os próximos meses serão cruciais para determinar o futuro não apenas da Ucrânia, mas de toda a Europa.
Com informações de: Hoje no mundo militar