O presidente da Rússia, Vladimir Putin, poderá ser preso no Brasil durante a cúpula do G20, prevista para acontecer em novembro no Rio de Janeiro. A possível prisão deve-se a um mandado emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que acusa Putin de crimes de guerra, incluindo a deportação ilegal de crianças ucranianas. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, declarou que, embora haja uma tradição de imunidade para chefes de Estado, a decisão final cabe ao Judiciário brasileiro.
Enquanto isso, os conflitos entre Rússia e Ucrânia continuam a escalar. Um ataque aéreo russo contra o porto de Odessa, no Mar Negro, resultou na morte de uma pessoa e deixou outras oito feridas. O bombardeio danificou duas embarcações civis, elevando a preocupação internacional sobre a segurança das rotas marítimas na região e o impacto nas exportações de grãos, que já estão sob ameaça.
A União Europeia (UE) decidiu impor novas sanções contra o Irã devido ao fornecimento de mísseis e drones para a Rússia, usados nos ataques contra a Ucrânia. Entre os alvos das sanções estão oficiais do governo iraniano e várias empresas envolvidas no fornecimento de tecnologia militar. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o apoio do Irã à Rússia é “inaceitável” e deve ser interrompido imediatamente.
Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que a Coreia do Norte está envolvida no conflito, fornecendo apoio militar à Rússia. Segundo Zelensky, relatórios da inteligência ucraniana e estrangeira indicam que o regime norte-coreano tem colaborado ativamente com Moscou, o que agrava ainda mais o prolongamento da guerra e a instabilidade global.
Na esfera diplomática, o cardeal Matteo Zuppi, enviado especial do Vaticano, chegou a Moscou para discutir possíveis soluções humanitárias no conflito, incluindo a reunificação de famílias ucranianas e a troca de prisioneiros. A visita de Zuppi ocorre como parte da missão de paz atribuída pelo Papa Francisco, que continua buscando uma solução negociada para a guerra.
Além disso, o Conselho de Relações Exteriores da UE, liderado por Josep Borrell, anunciou que aumentará o apoio militar e financeiro à Ucrânia. O pacote inclui um empréstimo de 35 bilhões de euros para ajudar o país a resistir aos ataques russos e a reconstruir suas infraestruturas, que têm sido alvo constante de bombardeios.
A situação também se agrava no front militar, com as tropas russas avançando na região de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia. A captura de novas áreas por forças russas ocorre em meio a intensos combates, dificultando os esforços ucranianos para retomar o controle da região.
No entanto, as autoridades ucranianas informaram que, pela primeira vez em 48 dias, não houve o uso de drones iranianos Shahed pelos russos em ataques noturnos. Essa interrupção nos ataques foi recebida com cautela pelas forças ucranianas, que seguem monitorando a situação e preparando contra-ofensivas.
As tensões aumentam ainda mais com as declarações de líderes dos países bálticos e nórdicos, que veem a derrota da Ucrânia como uma “ameaça existencial”. O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, ressaltou que uma vitória completa da Ucrânia é a única forma de garantir a paz na Europa e evitar a capitulação diante das forças russas.
Com as manobras nucleares da OTAN em andamento e a escalada dos conflitos no leste europeu, o cenário global se torna cada vez mais volátil. A comunidade internacional observa atentamente as movimentações diplomáticas e militares, à espera de uma solução que possa conter a destruição e restaurar a estabilidade na região.
Com informações de: Rainews