A China concluiu a construção de um drone gigante com capacidade de transportar até 10 passageiros e atingir uma velocidade de 340 milhas por hora. O Lanying R6000, também conhecido como Lanthanum Shadow, foi projetado para decolagem e pouso vertical (VTOL), característica comum em aeronaves militares como o Osprey dos Estados Unidos. A novidade foi divulgada na última sexta-feira, na província de Anhui, onde o protótipo foi montado. A notícia foi publicada pelo jornal local chinês Wuhu News.
Gigante dos Céus: Especificações técnicas impressionam e desafiam limites da aviação
O drone chinês tem um peso máximo de decolagem de aproximadamente 13.000 libras (cerca de 5.900 kg) e pode carregar até 4.400 libras (2 toneladas) de carga. Seu alcance é impressionante, podendo voar até 2.400 milhas (aproximadamente 3.860 km) e atingir uma altitude de cruzeiro de até 25.000 pés (7.620 metros). Os números impressionam, especialmente quando comparados às aeronaves tradicionais do tipo tiltrotor.
Um novo rival: Lanying R6000 e Osprey: a disputa pelos céus
A United Aircraft, empresa responsável pelo desenvolvimento do Lanying R6000, revelou anteriormente detalhes da aeronave no Singapore Airshow, mas só agora uma foto do drone concluído foi divulgada, gerando comparações nas redes sociais chinesas com o famoso Osprey e o V280 Valor, aeronaves VTOL modernas dos EUA. No entanto, o Lanying carrega menos carga que o Osprey, que pode transportar até 24 passageiros ou cargas de 20.000 libras.
Dupla função: Drone chinês pode ter uso militar além do civil
Embora as especificações do Lanying R6000 tenham sido discutidas para uso civil, como transporte de carga ou passageiros, há indícios de que ele também possa ser empregado em missões militares. De acordo com o jornal local Wuhu News, o drone “fortaleceria fortemente vários campos”, incluindo a defesa nacional. Além disso, a United Aircraft tem um histórico de concorrência por contratos militares chineses desde 2014.
O Lanying R6000 fará sua estreia oficial no Zhuhai Air Show de 2024, em novembro, e é parte do ambicioso plano chinês de liderar a indústria de aviação de baixa altitude, que pode movimentar trilhões de yuans até 2030.