A China está mexendo as peças no tabuleiro da supremacia aérea global. Segundo o Asia Times, os chamados “Dragões Poderosos”, ou J-20, caças furtivos de quinta geração, estão reposicionando a China como uma potência aérea de peso, desafiando diretamente os Estados Unidos no Pacífico. Com tecnologias de ponta e motores nacionais, o Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) já conta com 12 brigadas equipadas com esses jatos, num crescimento expressivo desde 2022.
Os números falam por si: mais de 70 novas unidades foram introduzidas apenas em 2023. O Exército de Libertação Popular da China (PLAAF) já conta com 12 brigadas aéreas equipadas com os J-20 até maio de 2024. Em apenas dois anos, a frota mais que triplicou, saltando de 40 para mais de 150 aeronaves. O foco estratégico da China é claro: controlar o Mar da China Meridional, o Estreito de Taiwan e o Pacífico Ocidental.
O J-20, concebido para rivalizar diretamente com o F-35 dos EUA, não apenas substitui modelos antigos, como o J-11 e o Su-27, mas também marca a independência da China em relação a motores russos. Os novos propulsores WS-15, fabricados no próprio país, são uma peça-chave nessa modernização. O orçamento militar chinês, que chega a US$ 232 bilhões em 2024, garante a continuidade desse processo.
Enquanto isso, os EUA enfrentam atrasos e custos exorbitantes na modernização de seus próprios caças. O programa F-35, contando com mais de 600 unidades em serviço, com custos estimados em mais de US$ 2 trilhões, tem enfrentado problemas com software e modernizações, o que pode dificultar a manutenção da superioridade aérea americana na região.
Além disso, a China, com os J-20 equipados com tecnologia avançada de mísseis e vetores de empuxo, está ganhando terreno. Esses avanços colocam pressão sobre Washington para acelerar o desenvolvimento de novos caças ou apostar em alternativas, como drones e sistemas espaciais.