Os Estados Unidos confirmaram a realização de uma série de ataques aéreos contra alvos controlados pelos Houthis no Iêmen, utilizando bombardeiros furtivos B-2 Spirit. De acordo com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, os ataques foram realizados para atingir cinco locais subterrâneos de armazenamento de armas dos Houthis, apoiados pelo Irã. O objetivo é desmantelar a capacidade do grupo de lançar ataques sobretudo contra embarcações civis e militares na região.
Alvos subterrâneos e a capacidade dos B-2
Os ataques de precisão tinham como foco principalmente instalações fortificadas, onde os Houthis armazenam componentes de armas usadas em suas ofensivas. De acordo com Austin, a operação demonstra a habilidade dos EUA de atingir locais difíceis, devido ao seu reforço e localização subterrânea. O bombardeiro B-2, conhecido por sua tecnologia furtiva, ou stealth, além de capacidade nuclear, desempenhou um papel essencial nessa missão, partindo da Base Aérea de Whiteman, no Missouri.
Essa é a primeira vez, desde janeiro de 2017, que o B-2 é empregado em uma missão de combate. Cada bombardeiro pode carregar até 20 toneladas de bombas, incluindo 80 munições guiadas por GPS. Além disso, podem voar até 11 mil quilômetros sem reabastecimento aéreo, o que os torna uma ferramenta poderosa contra alvos altamente protegidos.
Retaliação dos Houthis
Em resposta aos bombardeios, os Houthis prometeram retaliar. De acordo com o grupo terrorista, a “agressão americana não passará sem resposta”. A mídia afiliada ao grupo relatou ataques aéreos em áreas ao redor da capital Sanaa e da cidade de Saada, no norte do país, sem fornecer informações imediatas sobre vítimas.
Nos últimos meses, os Houthis intensificaram seus ataques a navios comerciais e militares no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandeb, sob o pretexto de apoiar os palestinos no conflito entre Israel e Gaza. Embora parte dessas ações seja vista como solidariedade à causa palestina, o grupo também tem como alvo embarcações sem conexão óbvia com o conflito.