O recente anúncio dos Estados Unidos sobre um pacote bilionário de defesa para Taiwan provocou forte reação da China, que promete contramedidas resolutas e intensificou manobras militares na região. Como apoio à autonomia de Taiwan, o pacote inclui sistemas antiaéreos avançados, usados pela Ucrânia contra a Rússia, conforme reportado pela Reuters.
Essa decisão dos EUA se baseia em uma legislação que, embora reconheça Uma Só China, exige que Washington forneça meios para Taiwan se defender de uma invasão. O pacote inclui sistemas de defesa aérea avaliados em US$ 1,16 bilhão e radares de US$ 828 milhões, somando US$ 2 bilhões para reforçar a segurança da ilha.
EUA fortalecem defesa de Taiwan com avançados sistemas militares para garantir estabilidade regional
Segundo comunicado oficial do Pentágono, a venda desses armamentos reflete o interesse dos EUA em apoiar os esforços de modernização das Forças Armadas de Taiwan, além de reforçar a estabilidade política e o equilíbrio militar na região. O anúncio também afirma que a venda dos sistemas avançados atende a objetivos nacionais de segurança dos EUA, ao garantir que Taiwan mantenha uma capacidade defensiva confiável.
O Ministério da Defesa de Taiwan celebrou especialmente a aquisição do Sistema Nacional Avançado de Mísseis Superfície-Ar (NASAMS), equipamento que Kiev, capital da Ucrânia, tem empregado com êxito em seu enfrentamento contra bombardeios russos. Esse novo suporte militar evidencia o apoio contínuo dos EUA a Taiwan, mesmo em um cenário onde Washington evita estabelecer relações diplomáticas formais com a ilha.
China responde com patrulhas militares e promessas de retaliação frente
O governo chinês manifestou indignação com o novo acordo de defesa entre EUA e Taiwan. Em declaração oficial, o Ministério das Relações Exteriores da China condenou a iniciativa e prometeu todas as medidas necessárias para defender sua soberania e segurança.
Em resposta, Beijing lançou uma patrulha de combate com aviões e navios ao redor da ilha, embora em escala reduzida em comparação ao exercício anterior, que mobilizou mais de 150 aeronaves e embarcações.
Intensificação das tensões entre China, EUA e Taiwan pela questão da autonomia da ilha
Para a China, Taiwan é uma questão territorial crucial, e as tensões com o Ocidente aumentam com a defesa da autonomia da ilha. Beijing considera qualquer reconhecimento de Taiwan como autônoma uma violação ao princípio de Uma Só China, visão que também inclui Hong Kong.
A possibilidade de uma invasão chinesa para anexação formal existe e é reforçada pela postura da China contra países que apoiam Taiwan. Mesmo sem relações diplomáticas formais com Taiwan, os EUA são seu maior parceiro militar, o que eleva as tensões com a China. Desde 1979, com a retomada diplomática, o momento atual marca um ápice no atrito.
A aproximação dos EUA com Taiwan faz com que Beijing intensifique operações militares e incursões aéreas, mostrando que não tolerará uma declaração de independência formal da ilha.