PetroChina, uma das maiores estatais de petróleo da China, anunciou que encerrará as atividades de sua maior refinaria no país em 2025, de acordo com fontes anônimas divulgadas pela Reuters. A refinaria de Dalian, localizada no norte da China, opera atualmente com uma capacidade de 410 mil barris por dia, representando cerca de 3% da produção total de refinarias chinesas. A decisão ocorre após anos de discussões sobre a relocalização da unidade para uma área menos populosa.
A refinaria de Dalian, situada em uma área densamente habitada da cidade homônima, já foi alvo de pressão das autoridades municipais para ser transferida para um local mais seguro. O histórico de incidentes fatais na unidade, acumulados ao longo da última década, reforçou a decisão de PetroChina de desativar a planta e considerar uma operação em menor escala em uma nova localidade.
Como parte do processo de encerramento, a PetroChina já reduziu em aproximadamente metade a capacidade de processamento da refinaria de Dalian, passando para 210 mil barris diários. Em 2021, a empresa chegou a um acordo com as autoridades de Dalian para construir uma nova refinaria de 200 mil barris por dia na ilha de Changxing, em uma área destinada a instalações de refino e petroquímicas. No entanto, a decisão final de investimento ainda não foi tomada.
O fechamento da planta ocorre em um momento desafiador para as refinarias chinesas, que enfrentam excesso de capacidade e uma demanda reduzida por combustíveis rodoviários. O uso crescente de veículos elétricos e caminhões movidos a gás natural liquefeito (GNL) tem impactado a procura por diesel e gasolina, enfraquecendo as margens de refino no país.
Além disso, o aumento do uso de GNL em veículos pesados e a crise no setor imobiliário chinês têm pressionado negativamente a demanda por diesel. A queda nas projeções de crescimento de consumo de petróleo coloca em alerta os planos de expansão de grandes refinarias na China, que ainda lidera as importações globais de petróleo.
Analistas avaliam que o encerramento da refinaria de Dalian reflete não apenas uma mudança na demanda por combustíveis fósseis, mas também uma adaptação gradual ao futuro energético mais sustentável e menos dependente do petróleo na China.
Com informações de: Oilprice