A Marinha dos Estados Unidos anunciou um plano ousado para prolongar a vida útil de 12 de seus renomados destróieres da classe Arleigh Burke (DDG 51) Flight I, reforçando assim a presença naval americana no cenário global. De acordo com o Secretário da Marinha, Carlos Del Toro, essa extensão permitirá que esses navios, anteriormente planejados para operar por 35 anos, permaneçam ativos por até 48 anos, garantindo seu emprego entre 2028 e 2035.
A extensão da vida útil dos navios da classe Arleigh Burke não é apenas uma questão de manutenção de hardware militar. É uma ação estratégica que reflete o posicionamento dos EUA frente aos desafios globais, destacando a Marinha dos EUA como um pilar central na defesa e projeção de poder.
Motivações estratégicas para a extensão da vida útil
Essa decisão estratégica da Marinha dos EUA vem após uma avaliação rigorosa das condições atuais de cada navio, envolvendo fatores como a capacidade de combate, viabilidade técnica, e os requisitos de manutenção a longo prazo. Conforme explicado pelo Secretário Del Toro, “a extensão desses destróieres altamente capazes e bem conservados fortalecerá ainda mais nossa frota, ao mesmo tempo que permitimos a incorporação de novos navios em construção”. Com esse movimento, a Marinha dos EUA visa manter sua posição de liderança na defesa marítima global e garantir que esses navios estejam prontos para enfrentar ameaças modernas, inclusive no Mar Vermelho.
O plano de extensão da vida útil dos DDG-51 foi incorporado na recente proposta orçamentária do AF26, com uma atualização já programada no plano de construção naval. A expectativa é que essa ação contribua para fortalecer a frota naval americana, que se mantém ativa em diversas missões de defesa e segurança global. Além disso, com a projeção de mais navios em serviço, a Marinha dos EUA espera manter sua capacidade de apoiar aliados e parceiros contra ameaças como ataques de mísseis e drones.
Estratégia de manutenção da Marinha dos EUA
A pedido do Secretário Del Toro, a Marinha conduziu uma avaliação completa de cada destróier DDG-51 Flight I (DDG 51 ao DDG 71) ao longo dos últimos dez meses. O estudo detalhado concluiu que os 12 destróieres têm capacidade para continuar operacionais bem além de sua vida útil planejada. Esse processo incluiu a análise dos requisitos de manutenção necessários para maximizar o tempo de serviço de cada navio, evitando investimentos pesados em novas docagens que seriam exigidas caso fossem substituídos por novas embarcações.
Importância dos destróieres da classe Arleigh Burke na defesa naval
A extensão da vida útil desses destróieres também responde à estratégia delineada pelo Chefe de Operações Navais, Almirante Lisa Franchetti, e ao NAVPLAN do CNO, ambos focados em otimizar o orçamento limitado atual. Segundo a Almirante Franchetti, “o ambiente de orçamento limitado de hoje exige que a Marinha faça investimentos priorizados para manter jogadores mais prontos em campo”. Assim, ao prolongar a vida útil dos destróieres da classe Arleigh Burke, a Marinha dos EUA consegue reforçar seu Inventário de Força de Combate sem incorrer nos altos custos associados à construção de novos navios.
Esses destróieres são peças fundamentais na missão da Marinha dos EUA, especialmente em regiões contestadas, como o Mar Vermelho. Comprovadamente, eles têm a capacidade de defender aliados e parceiros americanos, demonstrando eficácia em autodefesa e proteção contra ameaças como mísseis e drones. A decisão de mantê-los operacionais por mais tempo reflete o compromisso dos Estados Unidos com a segurança internacional e sua prontidão em cenários de alta tensão.