Os submarinos nucleares e destroyers estão entre as máquinas de guerra mais sofisticadas e temidas, com capacidades de lançamento de mísseis a distâncias superiores a 2.500 km. Essas embarcações operam de forma sigilosa, carregando armamentos como mísseis Tomahawk e mísseis supersônicos, e exigem uma logística complexa para manter a prontidão em missões de alta intensidade.
Um aspecto crucial, porém pouco discutido, é o reabastecimento e recarga de munições, uma operação delicada que requer o manuseio seguro dos silos de mísseis, os Vertical Launch Systems (VLS). Com compartimentos de mais de seis metros e capazes de armazenar até quatro mísseis, o processo de substituição dos silos é extremamente controlado para evitar danos graves ou até mesmo a detonação acidental de um míssil.
Proteção de lançamento evita explosão do míssil dentro de tubo
O lançamento frio, usa ar comprimido para ejetar o míssil e, em caso de falhas, reduz a probabilidade de explosões dentro do tubo. Em embarcações modernas, o sistema ejetor inclina o míssil em ângulo, permitindo que ele caia na água, caso falhe. Assim, os sistemas de lançamento a frio são considerados mais seguros em situações de risco. Essa engenharia de segurança protege o míssil da corrosão salina, com um selo rompido apenas no momento do lançamento.
Recarregamento do sistema CIWS no submarino e destroyers: utilizando um canhão M61 Vulcan de 20 mm
Além dos mísseis, submarinos e destroyers também contam com o sistema de defesa próxima CIWS (Close-In Weapon System), que usa um canhão M61 Vulcan de 20 mm para destruir ameaças como drones, aviões e mísseis que penetram a defesa externa. Este sistema é uma linha de defesa crucial e pode disparar até 4.500 balas por minuto. Nos primeiros modelos do sistema, o recarregamento exigia 30 minutos, mas avanços tecnológicos reduziram esse tempo para apenas cinco minutos com mecanismos automatizados.
Urânio na autonomia dos submarinos nucleares
Um dos grandes trunfos dos submarinos nucleares é sua capacidade de operar por décadas sem precisar reabastecer combustível. Com reatores movidos a urânio, esses submarinos podem permanecer em operação por mais de 20 anos. O combustível nuclear, com características únicas, permite que submarinos da classe Ohio, por exemplo, carreguem entre 140 e 170 kg de urânio, garantindo uma autonomia que pode variar de 20 a 30 anos.
Reabastecimento de combustível nuclear requer um ambiente de segurança máxima
É um processo altamente delicado e complexo, realizado em instalações especializadas e secretas. Para substituir o combustível, o núcleo do reator é aberto e as hastes de urânio são cuidadosamente trocadas, com a máxima segurança. As hastes substituídas são então encaminhadas para usinas de reprocessamento ou armazenadas em locais seguros, onde o material radioativo permanece sob controle por décadas ou até séculos. Qualquer vazamento de material radioativo pode representar um risco letal para trabalhadores e população das regiões próximas
Força e precisão da tecnologia nuclear na guerra
A potência do urânio é fundamental para os submarinos nucleares. Com apenas 1 kg desse combustível, um reator pode gerar energia equivalente a 20 toneladas de TNT. Esse desempenho impressionante se deve ao processo de fissão nuclear, onde átomos de urânio, ao serem bombardeados por nêutrons, se dividem e liberam uma quantidade colossal de energia.
Cada grama de urânio possui trilhões de átomos, gerando força suficiente para alimentar e mover submarinos enormes. A combinação de tecnologia avançada e processos minuciosos de segurança faz desses submarinos verdadeiros gigantes dos oceanos, com capacidade de patrulhar e defender áreas estratégicas por anos, sem interrupções. Cada etapa é crucial para garantir a operacionalidade e a segurança dessas poderosas embarcações.