O Exército dos Estados Unidos anunciou uma inovação tecnológica que vai auxiliar de forma direta no monitoramento de fronteiras, coleta de dados, além de reconhecimento de informações precisas do terreno inimigo. Com estrutura aerodinâmica e uso de inteligência artificial, o drone tem capacidade para compor missões de longa duração.
Além de ter autonomia integral, já que não precisa contar com pilotos humanos, a aeronave não tripulada é altamente sustentável, pois é totalmente elétrica e, portanto, não emite poluentes para a atmosfera. Nomeado K1000ULE, o aparelho está categorizado como uma tecnologia de ponta, pois pode operar de forma silenciosa através do uso de inteligência artificial. Com essa característica, o voo torna-se similar ao de um pássaro.
Características do equipamento
A forma como funciona este drone solar é interessante e transmite eficiência não apenas pelo uso de energia solar e pela presença de painéis que fazem essa captação de energia, mas também pelo fácil transporte, já que apresenta um design prático. O K1000ULE, devido às suas características, tem a capacidade de se autocamuflar, o que torna mais complexo ser detectado, muitas vezes sendo confundido com um pássaro.
Vale lembrar que o design prático permite rapidez na montagem, o que possibilita que o drone seja utilizado em áreas remotas. A tecnologia de navegação e missão por meio da IA faz com que o equipamento seja autônomo e eficiente, enviando informações coletadas por meio de missões de reconhecimento e vigilância.
Ele pode ser utilizado para diversas funções, como vigilância, reconhecimento de inteligência e comunicação, por meio da expansão da cobertura e capacidade. Fazendo uma comparação, por exemplo, ele atua como uma ponte de informação, trazendo dados essenciais nos campos de batalha ou em áreas de comunicação remota.
Atuação em ambientes de combate no Exército
Em ambientes de combate, onde a comunicação por rádio ou outros meios pode ser bloqueada, este drone reforça a comunicação de maneira assertiva. O equipamento K1000ULE também pode contribuir com imagens de satélite, por meio de monitoramento eletrônico, ou com a atuação direta nos conflitos, destacando os movimentos inimigos e realizando uma avaliação precisa de todo o movimento operacional.
Mediante todas as características já testadas nos campos de batalha, o Pentágono decidiu investir no equipamento por meio do programa APFIT (Accelerate the Procurement and Fielding of Innovative Technologies). O motivo é contribuir para a eficácia da tecnologia militar e, por isso, investiu US$ 20 milhões em sistemas K1000ULE.
Com a iniciativa no programa, os Estados Unidos dão um pontapé em programas mais inovadores e se despedem do programa Shadow UAS, já que o K1000ULE oferece vantagens tanto logísticas quanto de custo operacional. Vale lembrar que este drone é leve, pesando entre 9 e 25 kg, além de conseguir suportar um voo de até 76 horas seguidas, graças à energia solar explicada anteriormente.
Testes
Para demonstrar suas características e ser considerado um bom equipamento, o aparelho passou por testes militares, como vigilância no Pacífico, nas Filipinas e em Guam, em locais remotos, como ilhas isoladas, por exemplo. Vale ressaltar que a vigilância no Pacífico é parte de uma estratégia geopolítica, seja por meio da tensão com a China, proteção de rotas comerciais, ou interesse estratégico em potenciais reservas de petróleo.
O controle de acesso e defesa de aliados, além da análise de ameaças externas, também são pontos importantes que influenciam no controle do Pacífico. O Mar da China Meridional também foi um local utilizado para o teste do drone, uma região onde há tanto conflitos territoriais quanto atividade militar constante.
Drones nos treinamentos do Exército
Os drones foram usados e testados em treinamentos importantes, como o Exercício Edge e o Projeto Convergência. O Edge é um exercício na modalidade operacional, cujo objetivo principal é testar novos equipamentos tecnológicos e estudar como os projetos podem ser incorporados de forma eficaz. Além de drones, o exercício também conta com testes e análises de armas de alta precisão e inteligência artificial.
Os desafios operacionais acontecem em tempo real por meio de simulação de guerra, com o intuito de treinar os equipamentos e ver, na prática, como eles funcionam. Já o Projeto Convergência, também realizado pelo Exército dos EUA, busca integrar novas tecnologias e formar uma ponte entre os diversos ramos das Forças Armadas. Neste caso, o K1000ULE foi testado como parte de uma solução para a extensão de rede aérea e coleta de dados em tempo real.