A vitória de Trump nas eleições dos EUA abriu espaço para novas expectativas no Kremlin e na Rússia sobre o futuro do conflito na Ucrânia. A administração russa, liderada por Vladimir Putin, espera que Trump ao assumir o governo, interrompa o envio de ajuda financeira e militar à Ucrânia.
No entanto, ele sugeriu que a entrada de Trump na presidência dos EUA em janeiro poderia representar uma mudança importante na política externa americana.
“Os EUA têm o potencial de influenciar o fim deste conflito. Isso não ocorrerá da noite para o dia, mas uma alteração na política externa é possível. Vamos acompanhar o desenvolvimento a partir da posse de Trump”, declarou Peskov.
Ainda assim, ele ressaltou que o Kremlin considera os EUA um país “hostil”, comprometido direta e indiretamente no que chama de “guerra contra nosso Estado”.
Moscou mantém postura cautelosa sobre Trump
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, liderado por Sergey Lavrov, também comentou sobre as expectativas com o novo governo americano. Em comunicado, o ministério esclareceu que, apesar de uma possível mudança de liderança nos EUA, Moscou continuará priorizando os seus interesses nacionais. De acordo com a diplomacia russa, a postura em relação à Ucrânia e os objetivos da chamada “operação militar especial” permanecem firmes.
Declaração de Medvedev: “Kamala terminou”
Em sua conta na rede social X, o ex-presidente Dmitry Medvedev, que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, fez uma declaração contundente sobre o resultado das eleições nos EUA. Medvedev usou palavras afiadas para ironizar Kamala Harris, atual vice-presidente americana, sugerindo que, com a vitória de Donald Trump, a atuação de Harris em questões internacionais estaria completamente encerrada.
Além disso, Medvedev reforçou a postura firme da Rússia, reiterando a determinação do governo russo em alcançar os objetivos estratégicos e militares no conflito com a Ucrânia, sem mudanças na política externa.