A disputa pela escolha do novo caça da Força Aérea colombiana se intensifica com a oferta recente dos Estados Unidos. Embora o Gripen, da fabricante sueca SAAB, tenha sido considerado o favorito, a Colômbia agora avalia uma proposta tentadora de aeronaves F-16 usados, mas modernizados para sua defesa aérea.
O país vizinho ao Brasil busca há anos a substituição de sua antiga frota de IAI Kfir, que são descendentes do francês Dassault Mirage V, um dos mais defasados da região.
As implicações da escolha entre caças novos e usados na capacidade de defesa nacional
Recentemente, o presidente Gustavo Petro confirmou a intenção de adquirir novos caças para defesa aérea colombiana, facultando a expectativa sobre o Gripen NG, o mesmo modelo que já opera na FAB. Porém, a situação mudou com a ressurgência da Lockheed Martin, gigante americana de defesa, que apresentou uma nova proposta. Essa oferta inclui a última geração do famoso F-16: o F-16V, conhecido como Viper.
Os F-16V, classificados tecnicamente como Block 70/72, representam a última geração deste modelo icônico e já foram entregues a países como Bahrein, Eslováquia e, ainda em 2024, a Bulgária. Além das novas unidades, Taiwan já demonstrou que pode aplicar o padrão V e os mais antigos.
Segundo o portal InfoDefensa, a proposta americana inclui a modernização de caças F-16C/D Block 50/52, que estão nos estoques dos EUA. Esses, fabricados entre os anos 1990 e 2000, receberão upgrades para atingir o padrão 70/72 antes de serem enviados à Colômbia.
Considerações financeiras e técnicas na modernização da Força Aérea da Colômbia
A aquisição desses caças pode ser mais econômica do que a compra dos Gripen, considerando que se trata de aeronaves usadas. Além disso, as opções de financiamento do programa Foreign Military Sales (FMS) podem oferecer condições mais vantajosas em comparação às propostas suecas.
A previsão de entrega reforça as vantagens da Lockheed Martin, que conclui o processo 2028, antes do prazo estimado para as entregas da SAAB.
No entanto, a idade dos F-16 levanta questões importantes. Segundo a Lockheed Martin, os F-16V não receberão atualizações significativas no futuro, pois esse modelo representa o auge da linha das aeronaves F-16 dos EUA.
Um aspecto crucial envolve o cenário orçamentário da Colômbia, que se torna mais complicado do que o do Brasil. A Colômbia ainda não garante a finalização da escolha do novo caça neste ano, o que torna o processo mais complexo e incerto.
A decisão entre o Gripen e os modernos F-16 dos EUA representa um momento decisivo para Força Aérea colombiana.