O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), designou Alexandre de Moraes para investigar o atentado ocorrido na quarta-feira, 13 de novembro, na Praça dos 3 Poderes.
O caso não foi sorteado, pois, segundo Barroso, trata-se de uma questão de prevenção. Ou seja, quando algum ministro já atua em casos que possuem ligação direta com o novo processo. A decisão foi tomada e divulgada nesta quinta-feira, 14 de novembro.
As investigações colhidas até o momento pela Polícia Federal apontam que o atentado tem ligação direta com os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, que já gerou mais de 1.600 denúncias feitas pelo Ministério Público Federal à Justiça e a condenação de mais de 250 pessoas por crimes graves.
Em ofício encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal afirma que o autor das explosões, identificado como Francisco Wanderley Luiz, realizou publicações em redes sociais sobre o atentado, nas quais ataca o Poder Judiciário e convoca a população para uma revolução e tomada de poder.
Um dia depois do atentado, a sessão plenária do STF foi mantida, mas teve participação restrita aos advogados das partes e imprensa previamente credenciada. Todos foram submetidos a rigorosos procedimentos de segurança.
Nas redes sociais, Francisco Wanderley Luiz se apresentava como Tiu França e chegou a ameaçar o comandante do Exército, general Tomás Paiva, e também o ex-comandante do Exército, general da reserva Marco Antônio Freire Gomes.
“Generais (Freire Gomes) e (Tomás Paiva) se por acaso for decretado Estado de sítio, sugiro a vocês que fiquem ao lado do povo; Do contrário, a inteligência vai entrar em ação; E esse caso eu só lamento por vocês”.
O autor também insinuou que havia bombas nas casas de William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso, os quais chamou de “comunistas de merda” e “velhos sebosos nojentos”.