Nas redes sociais freqüentadas pelos militares da Marinha do Brasil muitos emitem opiniões positivas sobre o ex-comandante da força, Almir Garnier e lamentam seu indiciamento pela Polícia Federal. Enquanto estava na frente da armada brasileira o almirante chegou a determinar que as escalas de serviço fossem abrandadas, ressaltando que o convívio familiar era indispensável para a tropa. O oficial costumava entrevistar militares de baixa patente e ressaltar a importância de profissões pouco mencionadas, como militares barbeiros. Assim Garnier ficou conhecido como alguém que se preocupava com a tropa.
O almirante ficou marcado por uma decisão pouco comum ao final de seu período como comandante, ele foi o único que se negou a passar o comando para seu substituto em cerimônia formal. Olsen, que o sucedeu, assumiu primeiro como interino ainda antes do atual presidente tomar posse. O Almirante de Esquadra Almir Garnier ainda mantém o título de Comandante da marinha em seu perfil no Instagram.
O heroismo em não passar o comando
A decisão de não passar o comando formalmente foi interpretada como heroísmo por muitos militares e cidadãos conservadores. Garnier foi citado na delação premiada feita pelo Tenente Coronel Mauro Cid como tendo disposição para participar de um golpe de Estado
Em um dos seus últimos atos como comandante, Garnier condecorou com medalhas militares de alto status vários jornalistas posicionados à direita do espectro político e considerados como bastante combativos, como Guzzo e R. Constantino.
Alguns comentários sobre o Almirante Garnier em redes social freqüentada por militares: “Esse tem meu respeito. O golpe foi dado quando tiraram o nove dedos da cadeia.”; “Esse sim me representa. Que Deus o abençoe e te proteja de todos os males ora presentes em nossa pátria, Almirante” e “Último com honra nas forças armadas”.
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar