O novo tanque Challenger 3 de batalha principal (MBT) do Exército Britânico, marca uma revolução na capacidade militar do Reino Unido. Este programa, concebido para superar os modernos tanques da Rússia como o T-90M, T-80BVM e T-72B3M, traz avanços significativos em armamento, proteção e mobilidade. Essas melhorias refletem a necessidade de modernização identificada após o desempenho do Challenger 2 na Ucrânia.
No evento DVD 2024, realizado em Millbrook, o Exército Britânico revelou o protótipo do Challenger 3. Equipado com armamento avançado, blindagem de última geração e sistemas tecnológicos de ponta, o tanque está pronto para enfrentar as ameaças contemporâneas do campo de batalha.
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Avanços no armamento do Challenger 3: o novo padrão de superioridade da OTAN contra blindagens russas
Entre os aprimoramentos, destaca-se o canhão de alma lisa Rheinmetall L55A1 de 120 mm, que substitui o canhão raiado do Challenger 2 da Rússia. Essa mudança alinha o Challenger 3 aos padrões da OTAN, permitindo o uso de munições de última geração, como os penetradores cinéticos e os projéteis High-Explosive Airburst (HEAB). Esses armamentos do Exército oferecem maior poder de penetração, especialmente contra blindagens compostas dos modelos russos, como o T-90M.
Além disso, o alcance máximo do canhão supera os 4 quilômetros. Enquanto o T-90M também atinge distâncias similares, o uso de munição programável dá ao Challenger 3 uma vantagem estratégica em diferentes cenários de combate. Essa modernização resolve as limitações do Challenger 2 da Rússia, que enfrentava dificuldades em engajamentos de longo alcance.
Blindagem avançada, defesa imbatível e mobilidade aprimorada
O Challenger 3 incorpora uma blindagem composta modular e o Sistema de Proteção Ativa (APS). Esse sistema detecta, rastreia e neutraliza mísseis antitanque e granadas, oferecendo defesa robusta contra ameaças como os mísseis 9M119 Refleks. Combinada com blindagem passiva aprimorada, essa tecnologia eleva a sobrevivência no campo de batalha. Diferentemente do Challenger 2, que era vulnerável a drones e mísseis de ataque superior, o Challenger 3 representa um avanço significativo em proteção.
A mobilidade também recebeu atenção especial. O tanque agora possui um trem de força reforçado e suspensão otimizada, alcançando uma velocidade máxima de 60 km/h e uma impressionante velocidade reversa de 25 km/h. Esse desempenho supera modelos como o T-72B3, garantindo agilidade e resposta rápida em situações críticas.
Além disso, o Challenger 3, apresenta uma torre digitalizada com controle de tiro baseado em inteligência artificial. Assim, ele oferece maior precisão na aquisição e no engajamento de alvos, mesmo em cenários complexos. Comparado ao sistema do T-90M, que também oferece recursos avançados de mira, o Challenger 3 se destaca pela rapidez e eficiência tecnológica.
Exército militar Britânico planeja modernizar 148 tanques para o padrão Challenger 3
O desempenho do Challenger 2 na Ucrânia, portanto, evidenciou a necessidade de atualizações. Afinal, modelos como o T-80BVM e o T-90M, ambos equipados com tecnologia avançada, representaram um grande desafio no campo de batalha. O Challenger 3 preenche essas lacunas, oferecendo superioridade em poder de fogo, proteção e mobilidade.
Os primeiros protótipos começaram os testes em 2024, e mais etapas estão programadas para 2025. O Exército militar Britânico planeja modernizar 148 tanques para o padrão Challenger 3, garantindo que essa frota menor, mas tecnologicamente superior, esteja pronta para os desafios do futuro.
Com seu armamento inovador, além de sua proteção aprimorada e capacidade de manobra superior ao da Rússia, o Challenger 3, dessa forma, reposiciona o Reino Unido como um ator relevante nas estratégias de guerra moderna. Assim, garante que sua força se mantenha no cenário global por décadas.