O bombardeiro estratégico B-1B Lancer, da Força Aérea dos Estados Unidos, alcançou um marco histórico ao lançar, pela primeira vez, um míssil de cruzeiro stealth a partir de um pilone externo. Esse avanço reforça a posição militar dos EUA e da OTAN no Oriente Médio, ampliando significativamente o arsenal do B-1B e abrindo caminho para a integração futura de mísseis hipersônicos. O teste recente incluiu o lançamento de um AGM-158 JASSM (Míssil Conjunto Ar-Solo de Longo Alcance) a partir de um pilone externo normalmente utilizado para pods de designação de alvos, provando a flexibilidade da aeronave.
Essa conquista não aconteceu por acaso. A modificação exigiu a realocação de um dos compartimentos internos de armas para um ponto de fixação externo localizado na frente direita do bombardeiro. O pilone foi redesenhado para suportar diferentes configurações de carga, enquanto a fiação interna foi completamente substituída por novos chicotes elétricos. Essa adaptação segue testes realizados em novembro, quando o compartimento de bombas foi atualizado para suportar armamentos mais pesados, reforçando a versatilidade do B-1B no campo de batalha.
Novas capacidades de combate e impacto estratégico
No passado, o B-1B era capaz de carregar armas nucleares em pontos externos. Contudo, com o Tratado de Redução de Armas Estratégicas, a aeronave foi convertida para missões exclusivamente convencionais. As novas modificações agora permitem que o bombardeiro transporte até 24 mísseis internamente e entre 6 e 12 externamente. Isso significa que apenas dois B-1B Lancers têm o poder de fogo equivalente a três aeronaves na configuração anterior, dobrando sua capacidade operacional e maximizando sua eficiência em combate.
Força Aérea dos EUA demonstra avanços em exercícios estratégicos
Essa evolução estratégica foi demonstrada em exercícios recentes, onde o B-1B foi equipado com câmeras de alta velocidade, capazes de capturar até 500 quadros por segundo, permitindo análises detalhadas do desempenho das armas. Durante as operações, foram lançados mísseis AGM-158 e bombas GBU-38 de 550 libras contra alvos simulados. Apesar dessas melhorias, a Força Aérea dos EUA anunciou planos para reduzir sua frota, aposentando 17 aeronaves devido ao desgaste causado por missões prolongadas no Oriente Médio.
B-1B Lancers reforço militar e dissuadem ameaças no Oriente Médio
Os B-1B Lancers desempenharam um papel fundamental em exercícios militares realizados recentemente em Israel, Jordânia e Arábia Saudita. Esses bombardeiros estratégicos lançaram múltiplos armamentos em alvos simulados, reforçando a presença militar americana e da OTAN na região. Esse esforço visa dissuadir potenciais agressões de grupos como Hezbollah e Irã, além de demonstrar o comprometimento dos EUA com seus aliados no Oriente Médio.
Poder aéreo do B-1B Lancer na diplomacia militar dos EUA
De acordo com o General Anthony Cotton, a capacidade do B-1B vai além da projeção de poder aéreo. Ele destacou que esses bombardeiros são uma ferramenta essencial para garantir a segurança de aliados e parceiros, enquanto desencorajam ameaças globais. A presença do B-1B na região oferece flexibilidade estratégica, mostrando que os Estados Unidos continuam liderando a inovação no campo militar e fortalecendo suas alianças com a OTAN em cenários de alta tensão global.