Desde o dia 20 de novembro, pequenos drones têm sido avistados sobre ou nas proximidades de quatro bases militares na Inglaterra usadas pela Força Aérea dos EUA. As instalações afetadas incluem RAF Lakenheath, RAF Mildenhall e RAF Feltwell, localizadas no leste do país, e RAF Fairford, situada na região sudoeste. As aeronaves não tripuladas têm sido monitoradas ativamente, enquanto as autoridades trabalham para identificar os responsáveis pelos sobrevoos.
Segundo o comunicado da Força Aérea dos EUA na Europa, o número de drones detectados varia em tamanho e configuração. Além disso, medidas de mitigação já estão em andamento, embora os detalhes dessas ações não tenham sido divulgados. “As unidades continuam monitorando o espaço aéreo e colaboram com as autoridades locais e parceiros de missão para garantir a segurança das instalações e do pessoal”, afirma o comunicado oficial.
Bases estratégicas da Força Aérea dos EUA garantem operações na Europa
Cada uma das bases envolvidas desempenha um papel estratégico crucial nas operações militares dos EUA. A RAF Lakenheath, por exemplo, abriga a 48ª Ala de Caça, descrita como fundamental para a capacidade de combate da Força Aérea na Europa.
A RAF Mildenhall sedia a 100ª Ala de Reabastecimento Aéreo, que é vital para missões de abastecimento em voo, enquanto a RAF Feltwell serve como centro de moradia e serviços para militares e suas famílias. Já a RAF Fairford é a sede do 501º Quartel-General de Apoio ao Combate e do 420º Esquadrão de Base Aérea, ambos essenciais para a logística e operações no continente europeu.
Força Aérea reforça a segurança em meio a incidentes com drones
Apesar dos incidentes, a Força Aérea confirmou que nenhuma estrutura, ativo ou residente foi afetado até o momento. “Estamos adotando todas as medidas necessárias para proteger essas instalações e seus moradores”, destacou o comunicado.
Incursões de drones coincidem com a escalada no conflito Rússia-Ucrânia
Embora não esteja claro se os drones têm intenção hostil, o momento dos incidentes chama a atenção. Eles ocorrem em meio a uma escalada significativa no conflito entre Rússia e Ucrânia. Recentemente, a Ucrânia utilizou mísseis de alcance intermediário fornecidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido para atacar alvos dentro da Rússia, com autorização direta do presidente norte-americano Joe Biden.
Tensão global aumenta com ameaças de retaliação
Essa movimentação levou o presidente russo Vladimir Putin a declarar que a Rússia se reserva o direito de retaliar contra países que permitirem o uso de suas armas para atacar o território russo. Essa situação aumenta a tensão global, especialmente em um cenário onde tecnologias como drones se tornam ferramentas estratégicas, tanto em combate quanto em possíveis atos de espionagem ou intimidação.