É isso mesmo. Mais uma vez, a gente ouve falar de garimpo ilegal sendo combatido na Amazônia, através da Operação Catrimani II. O cenário, no entanto, continua o mesmo: destruição, exploração e gente desesperada tentando sobreviver.
No dia 20 de novembro, o Comando Conjunto Catrimani II lançou a Operação Majestade-Cachoeira. O objetivo é acabar com a estrutura que sustenta a mineração ilegal às margens do Rio Uraricoera. O fato ocorreu na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
O objetivo é destruir tudo o que puder para enfraquecer os garimpeiros: geladeiras, geradores, motores, placas solares, até medicamentos. Nem uma embarcação escapou. Com o apoio da aeronave UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil, as tropas chegaram até as regiões conhecidas como Majestade e Pé da Cachoeira.
Garimpo ilegal: o problema que nunca acaba
A história é velha, mas parece que ninguém aprende. O garimpo ilegal continua avançando, destruindo terras indígenas e o meio ambiente sem dó. As Forças Armadas aparecem para tentar “sufocar” o problema. Mas é como enxugar gelo: neutralizam uma área e, pouco tempo depois, o garimpo reaparece em outro canto.
É verdade que ações como essas mostram um esforço para proteger a Amazônia e as comunidades indígenas. Mas será que realmente faz diferença?
A Operação Catrimani II é descrita como uma “ação conjunta” entre Forças Armadas, órgãos de Segurança Pública e a Casa de Governo de Roraima. Eles dizem que o objetivo é combater o garimpo ilegal, crimes ambientais e ilícitos transfronteiriços, tudo dentro da Terra Indígena Yanomami.
Na teoria, isso soa como uma grande vitória para o meio ambiente e os direitos indígenas. Na prática, é uma luta sem fim. E enquanto o Estado tenta “fortalecer sua presença” na região, os danos ambientais e a violência só aumentam.
E os Yanomami?
No meio de tudo isso, quem mais sofre são os povos indígenas, principalmente os Yanomami. Eles veem suas terras sendo invadidas, seus rios poluídos e sua cultura ameaçada. A operação pode até dar algum alívio temporário, mas será suficiente para garantir a sobrevivência dessas comunidades?
A verdade é que não há respostas fáceis. A Operação Catrimani II está fazendo o que pode dentro de um sistema que parece quebrado. Enquanto isso, o garimpo ilegal continua sendo alimentado pela ganância e pela falta de alternativas econômicas para muitas pessoas.
Talvez seja hora de pensar em estratégias que vão além de destruir motores e apreender geladeiras. Porque, no fim das contas, se nada mudar, vamos continuar contando essas histórias de destruição, uma após a outra. E a Amazônia? Bom, ela vai continuar pagando o preço.