A guerra entre Ucrânia e Rússia forçou o país invadido a buscar soluções criativas para proteger sua infraestrutura crítica. A necessidade deu origem ao “franken sistema de mísseis antiaéreos”, uma inovação que adapta lançadores soviéticos antigos para disparar mísseis ocidentais modernos. Agora, até os Estados Unidos, com seu vasto arsenal, estão de olho nessa tecnologia.
O conceito nasceu no final de 2022, após o bombardeio russo intensificar ataques à Ucrânia. Lançadores soviéticos, como o Buk M1, estavam ociosos devido à escassez de mísseis compatíveis, enquanto os estoques ocidentais eram incompatíveis com os sistemas ucranianos. A solução? Modificar os lançadores para operar com mísseis modernos, como o RIM-7 Sea Sparrow e o AIM-9 Sidewinder.
Em outubro de 2023, os primeiros “franken sistemas” chegaram ao campo de batalha, resultado de um esforço conjunto entre Ucrânia e aliados ocidentais. Esses sistemas híbridos, altamente móveis e de custo reduzido, têm mostrado eficácia no combate contra drones, mísseis de cruzeiro e aeronaves inimigas. Estima-se que a Ucrânia já tenha adaptado boa parte de seus lançadores Buk para operar com mísseis ocidentais.
O interesse dos Estados Unidos foi oficializado em julho de 2024, quando o Comitê de Serviços Armados do Senado recomendou ao Pentágono estudar o conceito. A ideia é utilizar essa tecnologia para reforçar defesas aéreas em bases e infraestruturas críticas, tanto no país quanto no exterior. Sistemas como o “franken” oferecem uma solução ágil para lacunas na defesa aérea de curto alcance, uma área vulnerável no arsenal americano.
Além disso, o conceito inspira outras iniciativas, como o tanque de defesa aérea “Frankenstein”, da Rheinmetall, que combina canhões antiaéreos com tecnologia moderna de rastreamento. Com a crescente complexidade dos conflitos modernos, sistemas híbridos como esses prometem redefinir a guerra aérea e manter os aliados ocidentais na vanguarda da defesa global.
Com informações de: O Show Militar