Uma descoberta inédita na astronomia agitou o mundo científico: TIDYE-1b, um planeta colossal com cerca de 10 vezes o tamanho da Terra e dimensões similares às de Júpiter, foi identificado como o mais jovem já registrado. Com uma idade estimada em apenas 3 milhões de anos — um piscar de olhos em termos cósmicos —, o planeta desafia teorias sobre a formação de sistemas planetários.
O achado é fruto do trabalho de Madyson Barber, doutoranda da Universidade da Carolina do Norte (UNC), em Chapel Hill, que liderou o estudo como parte de sua pesquisa orientada pelo professor Andrew Mann. Usando dados de trânsitos planetários, a equipe detectou variações no brilho de uma estrela jovem, revelando a presença do gigante gasoso.
O que torna TIDYE-1b ainda mais intrigante é o desalinhamento de 60 graus entre o planeta e o disco protoplanetário que o circunda — algo raro e inesperado. Tradicionalmente, espera-se que estrelas, planetas e seus discos compartilhem um alinhamento similar, mas este sistema quebrou as regras, abrindo novas questões sobre os processos de formação planetária.
Localizado em um sistema ainda envolto por espessas nuvens de gás e poeira, o planeta também surpreende por ter se tornado visível, já que esses discos geralmente dificultam a detecção de mundos recém-nascidos.
O próximo passo é investigar mais profundamente esse jovem sistema. Barber e Mann já preparam novas observações no Observatório WM Keck, no Havaí, e planejam usar o Telescópio Espacial James Webb para desvendar os mistérios que cercam TIDYE-1b.
A descoberta não apenas impressiona, mas também reforça o potencial de novas buscas por planetas recém-formados, revolucionando nossa compreensão sobre o nascimento de mundos.