O conflito entre Ucrânia e Rússia escalou na última semana após a Ucrânia lançar mísseis de longo alcance ATACMS contra um aeródromo militar em Kursk, no território russo. Os ataques ocorreram na madrugada de 25 de novembro e envolveram sete mísseis balísticos com munições de fragmentação, além de 12 drones. Segundo fontes ucranianas, o sistema de defesa antiaérea russo S-400 foi destruído durante o ataque.
O alvo principal foi o aeródromo de aviação tática de Kursk, um local estratégico usado pela Rússia para operações militares. As forças ucranianas afirmaram que o ataque visou diretamente uma área onde estavam estacionados caças russos, com imagens de satélite mostrando os impactos no estacionamento das aeronaves. Apesar disso, não há confirmação sobre a presença de aviões no local no momento do ataque.
Este ataque marca um momento decisivo na guerra, com o uso pela Ucrânia de mísseis ATACMS fornecidos pelos Estados Unidos. Esses armamentos, equipados com munições de fragmentação, têm sido descritos como uma ferramenta estratégica para maximizar os danos em infraestruturas militares densamente ocupadas. A autorização para seu uso contra alvos em território russo foi dada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, após relatos do uso de tropas norte-coreanas por Moscou.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou o ataque, mas não detalhou os danos ou os tipos de armamentos utilizados pela Ucrânia. Segundo o governador regional de Kursk, Alexei Smirnov, os sistemas de defesa antiaérea interceptaram sete mísseis ucranianos e sete drones. No entanto, fontes ucranianas e analistas independentes apontam que os ataques causaram danos significativos à infraestrutura militar russa.
Além do aeródromo, a Ucrânia também atacou a fábrica militar Taifun, localizada no oeste da Rússia. Essa instalação é conhecida pela produção de componentes para sistemas de defesa aérea e veículos de combate. Esse ataque reforça a estratégia ucraniana de enfraquecer as capacidades logísticas e operacionais da Rússia no conflito.
Especialistas militares destacam que o sistema de defesa russo S-400, considerado um dos mais avançados do mundo, mostrou limitações frente aos mísseis ATACMS. Projetados para operar em baixa altitude e alta velocidade, esses mísseis são difíceis de detectar e rastrear. Além disso, sua capacidade de manobra e resistência a interferências eletrônicas os torna uma ameaça significativa para sistemas de defesa convencionais.
Fontes ligadas à inteligência ucraniana divulgaram imagens mostrando a detonação das munições de fragmentação no aeródromo de Kursk. Essas imagens geolocalizadas indicam que, além do sistema S-400, outros alvos estratégicos também foram atingidos. Observadores afirmam que a destruição de componentes do sistema de defesa russo pode impactar a capacidade de resposta a novos ataques.
O ataque também representa uma escalada na guerra, que já dura mais de um ano. Com a aproximação da posse do novo presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro, a Ucrânia parece estar intensificando sua ofensiva para garantir avanços antes de possíveis mudanças na política externa americana. Trump já declarou que pretende encerrar o conflito rapidamente, embora não tenha dado detalhes sobre seus planos.
Enquanto isso, as tensões aumentam na região. Além dos ataques ucranianos, a Rússia realizou bombardeios em várias áreas da Ucrânia, intensificando o uso de mísseis e drones. A guerra, que já custou milhares de vidas, segue sem perspectivas claras de resolução, com cada lado buscando novas formas de obter vantagem no campo de batalha.
Com informações de: Oracle Vision