O Tribunal de Investigação das Forças de Defesa da Nova Zelândia (NZDF) concluiu que um erro da tripulação foi a causa do encalhe e naufrágio do navio de prospecção hidrográfica HMNZS Manawanui (A09), da Marinha Real da Nova Zelândia, em outubro.
Erros da tripulação e o impacto na estabilidade do navio
Um comunicado da NZDF, divulgado na sexta-feira, mencionou o chefe da RNZN, contra-almirante Garin Golding, afirmando que o relatório provisório do COI concluiu que o piloto automático do navio não foi desativado quando deveria ter sido. A tripulação não percebeu que o piloto automático do Manawanui continuava ativado, acreditando que a incapacidade do navio de responder às mudanças de direção era causada por uma falha nos controles dos propulsores.
Golding acrescentou que, após avaliar a falha nos controles dos propulsores, a tripulação não verificou se o navio estava sendo controlado manualmente ou se permanecia no piloto automático, como seria o procedimento padrão. Em vez disso, o piloto automático continuou ativado, e o Manawanui manteve o curso em direção à terra, encalhando, ficando preso e posteriormente afundando.
“A memória muscular da pessoa responsável pelo navio deveria tê-la levado a verificar aquele painel e conferir se a tela indicava que o piloto automático estava ativado ou não”.
A resposta da Marinha e as medidas para evitar novos incidentes
A tripulação tentou manobrar o navio para tirá-lo do recife, mas não conseguiu, segundo uma cronologia fornecida com o comunicado à imprensa. Embora não tenham sido detectados danos ou inundações no interior do navio, avaliações de estabilidade realizadas após o encalhe indicaram que o Manawanui já não era estável. Cerca de 30 minutos após o encalhe inicial, o navio foi abandonado. Todo o pessoal foi evacuado. O navio pegou fogo antes de virar e afundar na manhã de 6 de outubro.
O chefe da RNZN declarou no comunicado que o COI esperava determinar por que a situação ocorreu e quais lições poderiam ser aprendidas no primeiro trimestre do próximo ano. Outros fatores que também contribuíram para o acidente foram identificados e serão analisados com mais detalhe na segunda fase do processo, envolvendo especialistas da Marinha para garantir uma avaliação mais precisa.
“Para oferecer garantias imediatas, realizamos uma série de auditorias na Frota e tentamos aplicar as lições iniciais extraídas do relatório provisório em áreas como treinamento, gestão de riscos e melhoria das ordens, instruções e procedimentos pertinentes”, acrescentou Golding.
A investigação continua em andamento, e é provável que as conclusões específicas do relatório sejam utilizadas como evidência no processo disciplinar assim que a investigação for concluída.
Em resposta a uma pergunta, Golding admitiu que o naufrágio do navio prejudicou a reputação da Nova Zelândia no cenário mundial.