O Exército Brasileiro recentemente destacou sua participação na Operação Perseu, o maior exercício militar de 2024.
De acordo com uma postagem oficial, o Comando de Defesa Antiaérea (Cmdo DAAe Ex) iniciou uma colaboração com a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Aviação do Exército. O treinamento contou com equipamentos de ponta, como o míssil guiado a laser RBS-70, o míssil portátil IGLA-S e os radares SABER M60. O objetivo era simular situações reais para testar sobretudo a capacidade de resposta da defesa aeroespacial do país. No entanto, houveram uma enxurrada de críticas à operação militar, sobretudo nas redes sociais.
Embora a iniciativa serviria para exibir a prontidão das Forças Armadas, a repercussão nas redes sociais foi amplamente negativa. Os internautas se demonstraram instatisfeitos com as prioridades militares em contraste principalmente com as demandas sociais.
Críticas a Operação Perseu: “Teatro Militar”
A publicação do Exército recebeu uma avalanche de críticas e sarcasmo. Internautas questionaram sobretudo a relevância dos exercícios diante de problemas como criminalidade e crises ambientais.
O internauta Marcelo Panizzi, por exemplo, expressou frustração: “Não conseguiram nem ajudar no desastre aqui no Sul, imagina na guerra.” Outros ironizaram a capacidade do equipamento militar. Flavio Farage comparou: “Igualzinho ao Iron Dome israelense!”. Já o usuário marcus.bissoli escreveu: “Sem munição, só teatro.”
Muitos usuários sugeriram que os recursos deveriam ser redirecionados para combater problemas internos.
Equipamentos: tecnologia ou obsolescência?
Entre os alvos de críticas à esta operação militar estava a utilização de mísseis RBS-70 e IGLA-S, que, embora eficazes, são obsoletos em comparação com sistemas de países tecnologicamente avançados. Usuários também questionaram se as Forças Armadas possuem munição suficiente para operar o arsenal apresentado.
Em tom crítico, o usuário Jeanclaud apontou: “Muito eficiente em 1914, onde os alvos eram aviões teco-teco! Quero ver acertar jatos hipersônicos.” Outro usuário destacou a disparidade: “Se for atacado por drones modernos, estamos em sérios apuros,” comentou Eduardo Santana.
Críticos também sugeriram que o Exército deve reavaliar sua abordagem. De acordo com alguns usuários, é necessário uma maior presença militar no combate ao crime organizado dentro das fronteiras brasileiras.
A crítica à Operação Perseu mais contundente veio de Silvana De Castro, que afirmou: “As grandes metópoles estão completamente invadidas pela criminalidade, e o Exército não faz outra coisa além de postar fotos e vídeos nos sociais.”
Embora a Operação Perseu se apresentou como um marco na preparação militar do Brasil, sua recepção destacou um abismo entre a percepção pública e as prioridades das Forças Armadas. Em tempos de desafios internos significativos, as críticas servem sobretudo como um lembrete da necessidade de alinhamento entre as ações militares e as expectativas da sociedade civil.