Um destróier da classe Hobart da Marinha Real Australiana (RAN) realizou o primeiro disparo do míssil de cruzeiro Tomahawk. O Departamento de Defesa (DoD) em Canberra disse em 10 de dezembro que o HMAS Brisbane (DDG-41) – o segundo dos três destróieres da classe Hobart da RAN – realizou o disparo durante uma atividade de teste e avaliação realizada na costa oeste dos Estados Unidos.
O Departamento de Defesa disse que o disparo foi um sucesso, mas não deu mais detalhes. O Departamento de Defesa negou-se a responder todas as perguntas feitas pelo jornal Janes Defence sobre o teste.
De acordo com o Departamento de Defesa, os disparos posicionam a Austrália como o terceiro país do mundo, juntamente com os EUA e o Reino Unido, a adquirir e a disparar um míssil de cruzeiro Tomahawk.
A intenção da Austrália de adquirir a Tomahawk para seus destróieres da classe Hobart e futuras fragatas da classe Hunter foi anunciada em agosto de 2023.
De acordo com os planos atuais, a Austrália deve adquirir mais de 200 mísseis Tomahawk por cerca de 1,3 bilhão de dólares australianos (834 milhões de dólares americanos).
Alguns desses mísseis também serão implantados a partir de submarinos nucleares da classe Virginia que a Austrália receberá no início da década de 2030.
SAIBA MAIS SOBRE O SISTEMA TOMAHAWK
O míssil Tomahawk é um míssil de cruzeiro subsônico de ataque terrestre lançado por embarcações submarinas e de superfície com orientação do sistema de navegação inercial (INS). A arma fornecida pela Raytheon tem um alcance de cerca de 1.500 km e é capaz de atacar alvos estáticos e dinâmicos.
O Sistema de Armas Tomahawk (TWS) é um sofisticado sistema de mísseis de cruzeiro desenvolvido pelos Estados Unidos, projetado principalmente para ataques de precisão em longa distância contra alvos terrestres.
Sua importância na guerra moderna decorre de sua versatilidade, furtividade e alta precisão, tornando-o um componente axial nas operações militares dos EUA.
O TWS é composto por quatro componentes principais:
- Míssil Tomahawk: a arma principal, conhecida por seu alcance e precisão.
- Plataformas de lançamento: incluem navios de superfície e submarinos capazes de lançar os mísseis.
- Sistemas de planejamento de missões: ferramentas que auxiliam no planejamento estratégico dos ataques com mísseis.
- Sistemas de comando e controle: infraestrutura que garante comunicação e coordenação eficazes durante as operações.
As especificações técnicas do equipamento podem ser conferidas a seguir:
- Modelo: BGM-109 Tomahawk
- Peso: aproximadamente 1.300 kg
- Alcance: até 1.600 km
- Velocidade: aproximadamente 880 km/h
- Sistema de guiagem: utiliza o método de comparação de contornos do terreno (TERCOM) e GPS para alta precisão na mira.
O míssil Tomahawk pode ser lançado a partir de várias plataformas, principalmente embarcações navais, e é equipado para navegar em terrenos complexos, comparando dados em tempo real com informações geográficas pré-armazenadas.
HISTÓRICO DE USO
O Tomahawk tem sido fundamental em várias operações militares desde sua introdução, incluindo:
- Operação Tempestade no Deserto (1991): Marcou seu primeiro uso extensivo em combate.
- Operação Liberdade do Iraque (2003): Demonstrou sua eficácia em ataques preventivos contra alvos-chave.
Essas operações destacaram a capacidade do míssil de realizar ataques de precisão cirúrgica, ao mesmo tempo em que minimizam danos colaterais.
ATUALIZAÇÕES RECENTES
Nos últimos anos, o sistema Tomahawk passou por desenvolvimentos significativos, incluindo atualizações para aprimorar suas capacidades.
Por exemplo, o Japão anunciou planos para adquirir 400 mísseis Tomahawk para reforçar sua defesa contra ameaças regionais da Coreia do Norte e da China. Essa aquisição reflete uma mudança na doutrina militar do Japão em direção a capacidades de contra-ataque.
O Sistema de Armas Tomahawk continua sendo uma pedra angular da estratégia militar dos EUA e influenciou políticas de defesa global à medida que as nações buscam capacidades semelhantes.
Sua evolução contínua garante que ele continue a atender às demandas da guerra moderna ao mesmo tempo em que se adapta a ameaças emergentes.