Alistamento Militar Feminino começa em 2025: tudo o que você precisa saber
Mais uma novidade para o próximo ano: a partir de 1º de janeiro, mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão se alistar voluntariamente nas Forças Armadas. O alistamento militar feminino certamente parece um grande avanço. No entanto, como tudo no Brasil, é bom olhar para os detalhes antes de celebrar.
As vagas: poucas e mal distribuídas
O Ministério da Defesa promete abrir 1,5 mil vagas iniciais. Isso pode parecer muito, mas, considerando o tamanho do Brasil e a expectativa criada em torno dessa iniciativa, é bastante provável que seja insuficiente. As vagas estarão distribuídas entre 28 municípios de 13 estados e o Distrito Federal. Serão 155 vagas para a Marinha, 1.010 para o Exército e 300 para a Aeronáutica. Para as candidatas, isso significa que a concorrência será alta, e a oportunidade dependerá, claro, de onde você mora.
As interessadas poderão se alistar pela internet ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar. A segunda opção, contudo, é apenas para quem mora nos municípios contemplados pelo Plano Geral de Convocação. Além disso, o alistamento militar feminino é restrito às mulheres que completarem 18 anos no próximo ano.
Documentos exigidos? Nada fora do comum. Certidão de nascimento, comprovante de residência e algum documento oficial com foto.
Uma transformação social?
De acordo com o contra-almirante André Gustavo Guimarães, subchefe de Mobilização da Defesa, o programa oferece uma chance de “transformação social”. Além disso, segundo ele, promove a qualificação da força de trabalho das Forças Armadas. “Elas vão poder entrar e conhecer as Forças, e participar de todo esse processo que implica em uma transformação do caráter da cidadã”, disse Guimarães.
Essa mudança recebeu autorização em agosto deste ano, e não é difícil imaginar as razões. Em um cenário global em que a equidade de gênero é cada vez mais cobrada, o Brasil finalmente deu esse passo. Mas, claro, não sem críticas. Algumas vozes já questionam se o número limitado de vagas e a logística restrita realmente representam um avanço significativo.
Além disso, há quem veja no alistamento militar feminino uma forma de reforçar a presença das mulheres em áreas tradicionalmente masculinas, o que seria positivo. Mas será que o Brasil está preparado para garantir igualdade de oportunidades dentro das Forças?