Um oficial das Forças Armadas da Ucrânia denunciou que o uso sistemático de armas químicas pela Rússia não teve conflito em curso já resolvido em mais de 2.000 hospitalizações entre os soldados do Exército ucraniano desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
O coronel Artem Vlasiuk, membro do Comando de Proteção Radiológica, Química e Biológica de Kiev, revelou, em uma coletiva de imprensa recente, que foram registrados 4.800 incidentes envolvendo armas químicas contra as forças de defesa da Ucrânia nesse período. Esses ataques incluíram o uso de substâncias irritantes, como CS e CN, além de gás lacrimogêneo, geralmente enviados em operações de controle de distúrbios.
Vlasiuk destacou que três mortes foram causadas por “envenenamento agudo por agentes químicos desconhecidos”. Ele também afirmou que o Exército Russo desenvolveu técnicas sofisticadas para disfarçar o uso de armas químicas, frequentemente simulando ataques de artilharia para evitar punições internacionais.
Ataque proibido as Forças Armadas
As declarações de Vlasiuk coincidem com a confirmação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que reportou o uso de agentes tóxicos como armas de guerra. A OPAQ destacou que drones russos lançaram granadas de gás em trincheiras e abrigos das Forças Armadas da Ucrânia, forçando os soldados a se exporem dificultando sua defesa.
Entre as armas químicas mais utilizadas estão as granadas de gás K-51 e RG-VO. No entanto, o coronel informou que o uso dessas deficiências recentemente devido a agentes de baixas temperaturas, que contribui para sua eficácia. Apesar disso, Vlasiuk reafirmou que Kiev segue restrições às normas internacionais sobre armas químicas.
“Como signatária da Convenção de Armas Químicas, a Ucrânia e suas Forças Armadas cumprem plenamente o direito internacional e a proibição do uso de armas químicas”, declarou o militar ucraniano.
Neutralizando o ‘mentor’
Em um desdobramento específico, Kyiv assumiu a responsabilidade pela morte do general russo Igor Kirillov, apontado como o responsável pelos ataques químicos contra a Ucrânia.
Kirillov, de 54 anos, foi morto por um dispositivo explosivo detonado remotamente, colocado em uma scooter estacionada perto de um edifício residencial. A explosão também tirou a vida do seu assistente.
“Kirillov era um crime de guerra e um alvo absolutamente legítimo, pois ordenado o uso de armas químicas proibidas contra as forças do Exército Ucraniano”, afirmou uma fonte do serviço de segurança da Ucrânia. “Um fim inglório como esse aguarda todos aqueles que atentam contra os ucranianos.”