O coronel da reserva Anderson Freire Barboza, então diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da ESG (Escola Superior de Guerra) no Rio de Janeiro foi exonerado pelo Ministério da Defesa após divulgação de mensagens em que ele questionava o sistema eleitoral brasileiro e xingava o presidente da República. A publicação foi feita no dia 21 de novembro em um grupo com centenas de integrantes, incluindo professores e ex-alunos da instituição.
No app de mensagens, Barboza disse:
“As pessoas estão esquecendo. As eleições foram roubadas. Sob a liderança de Alexandre de Moraes. Desde a soltura do ladrão até todos os atos perpetrados em favor de Lula na corrida eleitoral”.
A exoneração aconteceu no dia 26 de novembro e foi oficializada em 28 de novembro por meio de publicação de portaria no Diário Oficial da União. A exoneração, feita pelo General Marcio de Souza Nunes Ribeiro, figura como “a pedido”.
O caso voltou à tona agora porque foi apontado pela colunista Bela Megale, de O Globo, neste sábado, 21 de dezembro, como um dos responsáveis pelo desgaste do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Segundo pessoas próximas ao chefe das Forças Armadas, ele deseja deixar o governo e deve ter uma conversa definitiva com Lula nos próximos dias.
Já existe até mesmo um preferido para ocupar o cargo de Múcio: o vice-presidente Geraldo Alckmin, visto como um nome que contém a autoridade e serenidade necessárias para a posição.
Múcio é leal a Lula e só teria aceitado o cargo em nome da relação entre os 2. Mas demonstra cansaço por fatos como o arrocho orçamentário, a inclusão das Forças Armadas no pacote de corte de gastos do governo liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e mais recentemente pelo cataclisma causado pelo vídeo da Marinha ironizando supostos privilégios dos militares.