Os cientistas estão preocupados com uma anomalia no polo sul do planeta capaz de causar efeitos devastadores em todo o hemisfério, o que inclui países como Nova Zelândia, Austrália e América do Sul, incluindo, obviamente o Brasil.
O motivo que tem deixado os cientistas de orelha em pé é a instabilidade no vórtice polar sul, que nada mais é do que uma gigantesca massa de ar frio que circula em forma de correntes de vento sobre os polos. Contudo, os cientistas têm reparado, de forma preocupante, que essas correntes estão se comportando de maneira instável, irregular e desordenada, perdendo velocidade e aumentando a temperatura na estratosfera.
Mudança nas correntes
Caso esse vórtice polar entre em colapso haveria uma mudança na direção dos ventos que passariam a girar no sentido contrário, fazendo com que o Brasil registrasse ondas de calor severas, secas e duradouras.
As temperaturas poderiam facilmente alcançar a casa dos 47ºC permanecendo por até cinco meses. Além do calor intenso, essa mudança nas correntes de ar levariam ainda a descontroles climáticos com a presença de eventos como fortes temporais, alagamentos, inundações, ressacas de grande volume e ventos severos.
Anomalias Climáticas
As anomalias climáticas nos polos também têm atraído atenção, especialmente devido aos efeitos das mudanças climáticas. No Polo Sul, as variações de temperatura e os padrões de precipitação podem ser mais extremas, com algumas áreas experimentando aquecimento mais rápido do que a média global. Isso é parte do fenômeno conhecido como amplificação polar, em que as regiões polares estão esquentando mais rapidamente devido a mudanças na circulação atmosférica e no albedo (reflexão da luz solar pelas superfícies de gelo e neve).
Esse aquecimento acelerado no Polo Sul pode ter consequências significativas para o nível do mar, pois está relacionado ao derretimento das camadas de gelo da Antártica, que contribuem para o aumento do nível do mar ao liberar grandes quantidades de água.
*Com informações do serviço meteorológico neozelandês (NIWA) e Diário do Litoral