O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, admitiu nesta segunda-feira, 6 de janeiro, que o vídeo produzido com ironias sobre os supostos privilégios de militares em comparação com a sociedade civil foi inoportuno.
A declaração foi feita à CNN, 3 dias após Olsen se reunir com o presidente Lula e com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. De acordo com o Poder360, esse encontro articulado por Múcio serviu para colocar “panos quentes” no atrito entre Lula e Olsen.
“Admiti que o vídeo mostrou-se inoportuno, particularmente em razão do almoço ocorrido à véspera do lançamento oficial da Campanha alusiva ao 13 de dezembro, Dia do Marinheiro”.
A peça publicitária foi divulgada nas redes sociais da Força Naval no dia 1º de dezembro como forma de dar início às comemorações ao Dia do Marinheiro, em 13 de dezembro, mas irritou o presidente e também o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que atuava para incluir os militares no corte de gastos por meio de mudanças nas regras de aposentadoria.
Isso porque ela foi interpretada como uma forma de ataque ao governo e até mesmo de insubordinação por parte de Olsen. No dia 18 de dezembro, o vídeo foi removido das redes. Segundo informações dos bastidores, ou a peça era removida, ou Olsen seria demitido.
Na entrevista à CNN, o Comandante lamentou que “alguns” tenham tido essa interpretação e afirmou que a mensagem era destinada ao público interno, em especial os militares da ativa. Rechaçou ainda a ideia de desrespeito ao chefe do Executivo.
“Não é próprio se falar em falta de lealdade ao presidente, Comandante Supremo das Forças Armadas, Timoneiro da Marinha do Brasil”.