O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, pode estar considerando a demissão do atual presidente do Estado-Maior Conjunto, General Charles Q. Brown Jr., acusado por conservadores de ser “woke” demais para a posição. A pressão vem de setores do movimento “Make America Great Again” (MAGA), que criticam a ênfase do general na diversidade dentro das Forças Armadas.
General Brown, o 21º presidente do Estado-Maior Conjunto, é um defensor declarado da inclusão de gênero, raça e orientação sexual no exército. Para seus críticos, essa postura enfraquece a capacidade militar dos Estados Unidos, priorizando diversificação em detrimento da excelência técnica e operacional.
Apesar da resistência de setores conservadores, fontes afirmam que Trump teve uma reunião positiva com Brown durante um jogo de futebol universitário em Maryland. O encontro, descrito como “significativo”, teria deixado o presidente eleito satisfeito com a disposição do general para colaborar em sua administração.
Reunião pode ter influência de elon musk e aliados
Relatos indicam que Elon Musk e figuras próximas a ele podem ter influenciado a decisão de Trump em manter Brown no cargo. Entre os defensores do general está o ex-comandante da Força Aérea no Pacífico, General Terrence O’Shaughnessy, que atualmente trabalha na SpaceX, empresa de Musk.
Brown assumiu o cargo em outubro de 2023 e tem mandato previsto até 2027, salvo decisão contrária de Trump. Nomeado pelo próprio Trump para ser chefe do Estado-Maior da Força Aérea em 2020, Brown também teve apoio durante a presidência de Joe Biden, que o promoveu à posição atual.
O general ganhou notoriedade por suas estratégias contra a China, incluindo o fortalecimento da presença militar no Pacífico e o investimento em mídias defensivas avançadas. Seu trabalho também tem contribuído para o fortalecimento da Força Espacial, criada por Trump em 2019.
Política, diversidade e estratégia militar na balança
A decisão final de Trump poderá depender de fatores políticos, incluindo seu apoio crescente entre eleitores negros e latinos. Retendo Brown, Trump poderia enviar uma mensagem de continuidade e inclusão sem comprometer sua base conservadora.
General Brown também liderou esforços para aumentar o recrutamento militar e a retenção de pessoal, alinhando-se com prioridades estratégicas estabelecidas durante o primeiro mandato de Trump. Essas ações podem pesar na avaliação do presidente eleito sobre a permanência do general.
Enquanto setores do MAGA defendem a substituição de Brown por alguém com foco exclusivo em preparação para combates, aliados políticos e empresariais, como Musk, defendem sua continuidade com base em resultados concretos e avanços operacionais.
A expectativa agora é que Trump tome uma decisão nas próximas semanas, mantendo o equilíbrio entre as pressões ideológicas de sua base e a necessidade de estabilidade nas Forças Armadas americanas.
Com informações de: eurasiantimes