As Forças Armadas Brasileiras receberam informações nas últimas semanas de que a Venezuela tem construído pequenas pistas de pouso, pontes provisórias e acampamentos de lona entrincheirados próximos à fronteira com Brasil e Guiana.
As movimentações dão a entender que apesar das ameaças de Maduro terem cessado nos últimos tempos, a Venezuela pode não ter desistido da ideia de invadir Essequibo, na Guiana, passando por Roraima.
De acordo com o jornalista de política da CNN Caio Junqueira, em publicação feita nesta quarta-feira, 15 de janeiro, as evidências de possível escalada de tensão com o regime de Nicolás Maduro levaram Exército, Marinha e Aeronáutica a planejar o maior exercício militar conjunto de 2025 em Roraima.
Segundo Junqueira, o objetivo é justamente treinar as tropas por 15 dias na região de difícil acesso em que elas poderão ser empregadas em caso de necessidade, desenvolvendo a capacidade militar brasileira de logística e transporte.
Já no primeiro semestre devem ser deslocados grande parte do efetivo de blindados e não blindados, conforme já informado pela Sociedade Militar, além de 8 mil militares.
Até o momento, a ideia é de que o exercício seja realizado em novembro, mês da COP30. Na oportunidade, centenas de autoridades brasileiras e mundiais estarão reunidas em Belém (PA) para falar dos desafios climáticos.
Segundo militares brasileiros ouvidos pela CNN, a movimentação também tem o objetivo de servir como um sinal para as potências ocidentais de que apesar da histórica relação de Lula e o PT com Maduro e o chavismo, o Brasil está comprometido com a estabilidade da região e não ficará neutro ou passivo diante da ameaça.