O Exército de Libertação Popular da China (PLA) realizou recentemente exercícios militares que demonstraram o uso de tecnologias avançadas, como exoesqueletos, cães robôs e drones equipados com lasers de alta potência. Os exercícios ocorreram em uma região de planalto não especificada, com relatos sugerindo que a localização pode ter sido próxima à disputada Linha de Controle Real (LAC) com a Índia. O evento aconteceu dias antes do Dia do Exército Indiano, comemorado em 15 de janeiro.
De acordo com o PLA, o treinamento integrou modelos colaborativos entre humanos e máquinas para melhorar o suporte logístico em terrenos desafiadores. Durante uma simulação em que estradas foram sabotadas, tropas utilizaram veículos terrestres e aéreos não tripulados, exoesqueletos e drones para superar obstáculos e cumprir missões. Fotografias divulgadas mostram soldados usando robôs quadrúpedes, como cães robôs, para transportar suprimentos em terrenos montanhosos, reduzindo a carga sobre os militares.
A mídia estatal chinesa enfatizou que essas tecnologias são parte da estratégia de modernização militar do país, permitindo operações mais rápidas e eficientes em regiões de alta altitude. Essa abordagem, segundo especialistas, busca reduzir os desafios físicos enfrentados pelas tropas em combates em grandes altitudes.
China fortalece presença militar em áreas disputadas com tecnologias inteligentes
Os exercícios ocorreram em um momento de tensão entre China e Índia, mesmo após recentes negociações que aliviaram parte do conflito na região de Ladakh. Fontes indianas interpretaram as manobras como uma demonstração de força, destacando a capacidade chinesa de manter operações militares rapidamente em áreas contestadas. Relatos também apontaram para a recente criação de dois novos condados na região de Xinjiang, incluindo territórios reivindicados pela Índia, como Aksai Chin.
A introdução de drones com lasers também chamou atenção. Durante exercícios na Baía de Bohai, a unidade da Marinha do PLA utilizou drones com armas laser para identificar e neutralizar explosivos de forma remota. De acordo com a mídia estatal, essa tecnologia é mais segura e eficiente, reduzindo o tempo de neutralização em até 80% e operando a centenas de metros de distância.
O uso de lasers em drones reflete o crescente investimento da China em armas de energia dirigida, que têm aplicações tanto defensivas quanto ofensivas. As capacidades vão desde interromper drones inimigos até destruir satélites e mísseis, consolidando a posição da China na vanguarda tecnológica do combate moderno.
Avanços tecnológicos do PLA preocupam adversários regionais
A modernização militar da China tem sido acelerada desde 2013, quando o presidente Xi Jinping iniciou reformas no PLA. Um exemplo recente inclui o desenvolvimento do robô quadrúpede “Lynx”, projetado para terrenos extremos e capaz de executar tarefas logísticas e de reconhecimento em zonas de combate.
A integração de sistemas não tripulados também inclui robôs armados, como cães robôs com metralhadoras, apresentados durante exercícios conjuntos com o Camboja em 2024. Esses robôs demonstraram mobilidade excepcional em terrenos complexos, reforçando a utilidade desses dispositivos em combate e logística.
Para a Índia, o aumento do uso de tecnologia avançada pelo PLA representa um desafio estratégico significativo. Apesar dos esforços para modernizar suas próprias forças, especialistas afirmam que a rapidez com que a China adota inovações, como exoesqueletos e armas laser, exige vigilância constante e investimentos contínuos em tecnologia militar.
Com informações de: eurasiantimes