A Polônia intensificou suas operações militares na manhã de 15 de janeiro, quando sua força aérea foi acionada após um ataque massivo de mísseis e drones realizado pela Rússia contra a Ucrânia. O Ministério da Defesa polonês anunciou que caças foram enviados ao espaço aéreo do país como medida preventiva, diante da possibilidade de violação do território nacional.
De acordo com autoridades ucranianas, a ofensiva russa incluiu mísseis Kh-101 lançados de bombardeiros Tu-95MS, mísseis Kalibr vindos do Mar Negro e armas hipersônicas Kinzhal, além de 74 drones usados para ataques coordenados. A maior parte dos projéteis foi direcionada às regiões ocidentais da Ucrânia, próximas às fronteiras com países da OTAN, incluindo a Polônia.
Preocupada com possíveis violações de sua soberania, a Polônia colocou suas forças armadas em alerta máximo. “A aviação militar foi acionada para proteger áreas fronteiriças ameaçadas pelo ataque russo”, informou o Ministério da Defesa em comunicado publicado na rede X (antigo Twitter).
Polônia reforça defesas diante de ameaças crescentes na fronteira com a Ucrânia
As forças polonesas mobilizaram sistemas de defesa aérea e unidades de radar em resposta ao ataque russo, ampliando o monitoramento em tempo real de possíveis incursões. Além disso, o Comando Operacional das Forças Armadas destacou que todas as unidades permanecem em prontidão para uma resposta imediata.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o ataque, destacando que a infraestrutura energética de seu país continua sendo o principal alvo da Rússia, especialmente durante o rigoroso inverno. O bombardeio ocorre após dias de intensos ataques ucranianos em solo russo, utilizando drones e mísseis de longo alcance fornecidos por aliados ocidentais.
Enquanto a Ucrânia enfrenta ataques constantes, a OTAN segue monitorando incidentes que envolvem a violação do espaço aéreo de seus membros. Nos últimos meses, tanto a Polônia quanto a Romênia relataram episódios de mísseis e drones russos entrando em seus territórios, aumentando a preocupação com possíveis escaladas no conflito.
OTAN em alerta: riscos de escalada aumentam com incursões aéreas russas
Em 2024, a incursão de um míssil russo no espaço aéreo polonês durante um ataque à Ucrânia chamou atenção, levando as autoridades locais a evitar interceptações para proteger civis. No entanto, esse tipo de episódio se tornou recorrente, destacando o delicado equilíbrio que a aliança militar busca manter.
Além das violações na Polônia e Romênia, fragmentos de drones russos foram encontrados em territórios de outros países vizinhos, como a Letônia, em um incidente ocorrido em agosto de 2024. Apesar de não serem considerados ataques deliberados, esses episódios têm colocado as defesas aéreas de países da OTAN em constante prontidão.
Especialistas acreditam que essas ações podem ser parte de uma estratégia russa para testar a capacidade de resposta da aliança ocidental. Apesar da pressão de Kiev para que a OTAN intercepte mísseis russos em seu espaço aéreo, os membros do bloco evitam ações diretas para não intensificar o conflito, mantendo foco em monitoramento e apoio diplomático.
A situação atual reflete a tensão crescente na região, onde o conflito entre Rússia e Ucrânia já levou a múltiplos incidentes envolvendo países da OTAN. Com o risco de novos episódios, a Polônia e seus aliados seguem atentos, reforçando suas defesas e buscando evitar que pequenos incidentes se transformem em confrontos de maiores proporções.
Com informações de: eurasiantimes