Pirassununga (SP) – Na madrugada de sexta-feira (17), um soldado do Exército, de apenas 19 anos, foi internado em um hospital da cidade paulista. O jovem foi conduzido pelo SAMU, supostamente após uma tentativa de suicídio. Essa tragédia ocorreu após ele ter sido brutalmente agredido dentro do 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado (13° RC Mec).
Veja também:
- Deserção em massa no Exército Brasileiro: trinta e seis sargentos abandonam suas funções simultaneamente
- Feira Aeroespacial Mexicana 2025: Coronel Aéreo do Brasil no México planeja levar o ‘esquadrão de demonstração aérea, Fumaça e o C-390’, ícone da líder global Embraer
Tortura e abusos no Exército: recruta sofre violência em ritual de iniciação
Conforme relatos (supostamente SAMU), o soldado sofreu tortura por parte de cinco colegas. Eles utilizaram pedaços de madeira e outros objetos para cometer as agressões, resultando em ferimentos severos. O tio da vítima denunciou o caso às autoridades, registrando um boletim de ocorrência no plantão policial durante a madrugada. Essa ação demonstra a gravidade da situação e a necessidade de investigação urgente dentro das Forças Armadas.
O advogado da vítima, Pablo Canhadas Pereira, revelou detalhes da violência. Os agressores do recruta, sendo quatro soldados e um cabo, organizaram uma simulação de limpeza de setor. Assim, quando a vítima (recruta) chegou ao local, aconteceu o que ele chamou de um “ritual de iniciação de soldado recruta”. Essa cerimônia grotesca, que deveria ser uma transição de recruta para engajado, tomou um rumo inacreditavelmente violento.
O caso levanta questões sérias sobre a cultura militar e o tratamento de novos recrutas. Especialistas em direitos humanos e defensores da ética militar já pedem uma revisão profunda dos procedimentos de treinamento das Forças Armadas. Sem dúvida, o Exército deve promover um ambiente saudável e seguro para todos os seus integrantes.
A situação destaca a importância do apoio psicológico para militares, especialmente para aqueles que enfrentam experiências traumáticas. A saúde mental dos soldados deve ser uma prioridade, evitando que circunstâncias como estas se repitam. A comunidade aguarda respostas e ações concretas que possam prevenir futuros abusos e garantir a dignidade de todos os membros das Forças Armadas.