A Força Aérea Brasileira (FAB) está em um momento crucial de transição, enfrentando desafios para manter suas capacidades operacionais e de defesa aérea. A progressiva desativação dos modelos F5 Tiger e AMX A1, aliados ao ritmo lento de entrega dos novos caças F-39 Gripen NG, tem gerado preocupações no alto comando militar.
Atualmente, apenas sete caças Gripen estão em operação na FAB, e mais duas unidades devem ser entregues até o final de 2025, totalizando nove aeronaves ativas. Essa baixa taxa de entrega é reflexo de restrições orçamentárias que dificultaram o programa de modernização da aviação de combate brasileira.
Diante da necessidade de reforçar sua frota em curto prazo, a FAB avalia alternativas para complementar as aeronaves Gripen. Entre as opções estudadas, destaca-se o F-16 Fighting Falcon, produzido nos Estados Unidos. Este modelo oferece um equilíbrio entre custo e desempenho, com facilidade de integração aos sistemas já usados no Brasil.
Outra possibilidade considerada é o Leonardo M346, um jato leve de treinamento avançado fabricado na Itália, que recebeu upgrades para operar em missões de combate. Embora tenha desempenho inferior ao Gripen, ele pode desempenhar um papel complementar na defesa aérea.
Modelos como o Tejas, da Índia, e o J-10, da China, foram analisados, mas enfrentam barreiras operacionais e tecnológicas. A preferência por caças alinhados com padrões norte-americanos limita a viabilidade dessas opções.
O F-16 surge como a alternativa mais pragmática para mitigar a lacuna de capacidade enquanto o programa Gripen avança. Com aquisição em prazos relativamente curtos, o modelo pode garantir números mais robustos na frota e fortalecer a soberania aérea brasileira em um período de transição.
Com informações de: Gazeta Militar