O Pentágono, por meio de sua divisão de pesquisa avançada, a DARPA (Defense Advanced Research Project Agency), braço de pesquisa e desenvolvimento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, anunciou um projeto revolucionário – e polêmico – para modificar geneticamente células sanguíneas de militares.
O projeto, batizado de “Red Blood Cell Factory” (Fábrica de Células Vermelhas), busca pesquisadores para desenvolver tecnologia de modificação de glóbulos vermelhos com “componentes biologicamente ativos”. Em português claro: querem criar soldados geneticamente aprimorados.
Christopher Bettinger, professor de engenharia biomédica à frente do programa, declarou ao Business Insider que o objetivo inicial é mais modesto: desenvolver um “sistema automático de administração de medicamentos” que proteja os soldados contra doenças como malária durante missões em território hostil.
A tecnologia permitiria que uma única dose de medicamento durasse semanas ou até meses, em vez das atuais 24 horas. Outro benefício seria a capacidade de estancar hemorragias graves em campo de batalha – tempo precioso para salvar vidas.
Mas especialistas alertam: a fronteira entre aprimoramento médico e criação de “super-soldados” é tênue. O projeto levanta questões éticas semelhantes às controversas experiências de edição genética em bebês realizadas na China.