Um caça brasileiro que nunca saiu do papel, mas que tinha o potencial de mudar os rumos da aviação militar nacional, voltou ao debate público após o canal do Geo Military trazer à tona a história do EMB-330. Apresentado em 1974 como um projeto da Embraer para atender às demandas da Força Aérea Brasileira (FAB), o jato subsônico prometia ser uma evolução do Xavante, o primeiro avião a jato fabricado no Brasil, e superior ao renomado A-29 Super Tucano.
O EMB-330, um jato de ataque leve, era projetado para desempenhar múltiplas funções, como ataque ao solo, patrulha, reconhecimento fotográfico e interceptação de aeronaves de baixa performance. Em um vídeo recente, o Geo Military explicou que a aeronave seria uma ponte entre os treinadores a jato, como o Xavante, e caças mais avançados, como o F-5E e o atual F-39 Gripen, cuja produção ocorre em parceria com a sueca SAAB.
Apesar de seu potencial, o projeto foi arquivado pelo Ministério da Aeronáutica por não atender às expectativas de desempenho da época. No entanto, especialistas apontam que, com as tecnologias atuais, o EMB-330 poderia ser reimaginado para atuar ao lado de caças de última geração. Segundo o canal, uma versão modernizada incluiria radares e aviônicos de ponta, além da capacidade de lançar mísseis de quarta e até quinta geração.
Com maior velocidade, maior carga útil e um design pensado para interceptação e treinamento, o EMB-330 seria tecnicamente superior ao A-29 Super Tucano, que hoje é referência mundial em sua categoria. “Uma aeronave como essa poderia desempenhar um papel crucial no treinamento de pilotos e até mesmo em missões complementares ao Gripen”, pontuou o apresentador do canal Geo Military.
O vídeo ainda levanta uma provocação: seria o EMB-330 uma oportunidade perdida para o Brasil assumir maior protagonismo na aviação militar global? Para muitos entusiastas, a resposta é um sonoro sim. Resta saber se, em algum momento, o país decidirá revisitar projetos como este, adaptando-os às exigências do século XXI.