O “relógio do fim do mundo” está quase chegando nas doze badaladas, o que, de acordo com os cientistas que o criaram, representaria o fim da existência humana sobre a Terra. O relógio é ajustado anualmente desde que foi criado em 1945 pela ONG americana Boletim dos Cientistas Atômicos, fundada por ninguém menos que Albert Einsten e J. Robert Oppenheimer, entre outros figurões da ciência.
O mecanismo, atualizado hoje em dia por 18 cientistas renomados dessa mesma ONG, marca agora apenas 89 segundos para a meia noite. Para fazer o cálculo de quanto tempo ainda temos nesse planeta, os cientistas utilizam dados do ano anterior, ou seja, os fatos que marcaram 2024.
E, dentro desse contexto, o cenário não é o dos melhores. As ameaças nucleares russas em meio à invasão da Ucrânia, as tensões em diversos pontos críticos do mundo, o uso militar da inteligência artificial e as mudanças climáticas estão no ápice de uma possível catástrofe global.
“O ponteiro está em seu pior nível porque não vimos progressos em 2024. Há um aumentado risco nuclear, conflitos ativos envolvendo potências nucleares, o ano foi ainda mais quente que 2023 e tecnologias disruptivas como a inteligência artificial seguem se desenvolvendo sem controle“, disse Daniel Holtz, presidente do Conselho de Ciência e Segurança do Bulletin. “A definição do Relógio do Fim do Mundo em 89 segundos para a meia-noite é um aviso para todos os líderes mundiais”, acrescentou Holz.
A recente eleição de Donald Trump e as consequentes ações políticas do novo governo americano ainda não foram avaliadas pelos cientistas, bem como a chegada da nova IA chinesa ao mercado.
Contagem do fim do mundo
Desde que o relógio está fazendo a contagem, o ponto mais distante observado do “fim do mundo” foi em 1991, quando a União Soviética se desfez sem uma guerra e o mundo entrou em uma fase de relativa paz por quase uma década.