Episódio MOURÃO. Caso apurado com “RIGOR”.
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A publicação no site do Ministério da DEFESA de notícia que informava que um Militar do último posto da carreira militar foi sancionado com Rigor causou estranheza. Isso não é a praxe.
Normalmente punições administrativas são comentadas somente em âmbito interno e dentro de cada círculo hierárquico. A exoneração de MOURÃO e os comentários publicados, em resposta à reclamações de membros da Comissão de Defesa Nacional do SENADO, em especial à pedido do Senador Aloyisio Nunes, inaugura uma nova e infeliz maneira de tratar os militares das Forças Armadas
A reclamação da Comissão presidida por Aloysio Nunes se pautou em texto de autoria de José Murilo de Carvalho, publicado na mídia carioca, onde o historiador interpreta a frase de Mallet, “Eles que venham! Por aqui não passam”, como se fosse uma espécie de provocação ou desafio quando proferida pelo general Mourão, então Comandante Militar do Sul.
J.Murilo, em tom alarmista, deu a entender que a declaração do referido general põe fim as garantias de que não haverá “abalos constitucionais”.
As maiores autoridades do Legislativo estranhamente “caíram na conversa”. O senador Aloysio Nunes em especial deve ter ficado aterrorizado. Afinal, é um dos derrotados pelos militares nos anos 70.
Logo após a reclamação advinda do SENADO, segundo o site do MD: “… o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, antecipou ao ministro Aldo Rebelo que tomaria as providências, o que foi tornado público nesta quinta-feira”
A nota nos pareceu uma estratégia dissuasória, algo como: “que isso sirva de exemplo, se sancionamos um general de quatro estrelas faremos com qualquer um outro que ousar se manifestar de forma contrária aos interesses do governo.”
Após realizar alguns contatos a Revista Sociedade Militar obteve a cópia do ESCLARECIMENTO enviado por Aldo Rebelo ao Senador Aloysio Nunes, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Ao ler o documento constata-se que o Ministro da Defesa destacou as palavras BREVIDADE e RIGOR e disse ainda que cuidará para que o Exército se mantenha no estrito cumprimento de sua missão e não tente influir ou emitir posicionamentos relacionados à questões políticas.
“assegura que o Exército Brasileiro continue a se pautar no estrito cumprimento de sua missão constitucional”.
Revista Sociedade Militar