A maior parte dos militares entende perfeitamente a indignação da sociedade. Vemos o que foi feito de nosso país. Acreditamos que a maior parte do Congresso Nacional hoje é composta por políticos corruptos. Todavia, o que o general Villas Bôas, Mourão, Pimentel e vários outros querem dizer quando em seus discursos mencionam a necessidade de um despertar patriótico, é que chegou o momento da sociedade se mover racionalmente em favor do país, que é o momento do povo protagonizar, de se tornar o ator principal que implementará as mudanças necessárias.
À Folha nesse final de semana o General MOURÃO, mencionado pela esquerda como general golpista, disse que não é o momento de impor “soluções” radicais e muito menos de acreditar que os militares podem resolver instantaneamente o problema do país.
“Tem gente que quer as Forças Armadas incendiando tudo. E a coisa não pode ser assim, não pode ser desse jeito. Não concordo. Soluções dessa natureza a gente sabe como começam e não sabe como terminam… A partir do momento em que começar o caos, aí entra a violência. E não sabemos como vai terminar isso.”, disse Mourão.
Hamilton Mourão, junto com uma grande equipe de militares, tenta colocar no Congresso Nacional, nos executivos / casas legislativas estaduais e na Presidência da República, candidatos idôneos. Conduta ilibada e uma vida inteira de dedicação ao país são alguns dos quesitos exigidos.
Outro militar, A.M, major na ativa, ouvido pela RSM diz: “As pessoas pediam a intervenção militar em 2015… 2016… Compreendemos… Queriam que os militares retirassem DILMA e sua gangue, que generais assumissem e realizassem em pouco tempo novas eleições para que o povo pudesse escolher pessoas idôneas. Pois bem, Dilma foi retirada e esse ano temos novas eleições. O que falta apenas é escolher as pessoas idôneas… todos devemos nos focar nisso, com muito empenho… Não haverá intervenção militar. O povo é que deve escolher quem vai governar… todos devemos participar ativamente, influenciando amigos e conhecidos.”
Veja aqui: General Mourão se reúne com lideranças do PARTIDO MILITAR RJ
É praticamente unanimidade entre os militares a noção de que a simpatia pelo comunismo e a aplicação dessa filosofia em quase todas as instituições está entre as causas principais da situação caótica atualmente vivida. Todavia, acreditam que a sociedade brasileira não pode mais ser tutelada, que deve deixar de ser uma espécie de adolescente político, que está na hora de aprender a interpretar o quotidiano e agir racionalmente.
Algo que se ouve muito em conversas entre militares é que a sociedade não pode sempre contar com o “irmão mais velho“, que arrume a casa todas as vezes que sofre a consequência de suas decisões erradas. Temos que sair desse círculo vicioso. É chegado o momento em que os brasileiros unidos devem resolver o próprio problema.
Vários generais publicaram textos e áudios nesse final de semana advertindo que um adiamento ou interrupção no processo eleitoral que está para se iniciar favorece muito a esquerda, que já não tem perspectivas de ser bem sucedida nas próximas eleições. Para esses militares a única esperança para vários políticos corruptos, que em breve perderão o foro privilegiado, é que um estado de exceção “caia do céu” e novamente transforme marginais em “heróis da democracia”.
Veja a mensagem que a Revista Sociedade Militar recebeu da lavra do General Girão Monteiro nesse domingo: “Uma intervenção militar agora interrompe o processo eleitoral… a interrupção do processo eleitoral vai fazer com que no período enquanto não houver eleições a esquerda vá para a porta das fábricas, para a frente das escolas, para os campus universitários e vai falar mal dos governos militares… vai falar mal dos militares que estão no poder, daqueles que tomarem posse. É tudo o que ela quer, a esquerda já está morta e não vai ganhar nada nas próximas eleições.
Esse discurso de intervenção militar agora vai levar exatamente a esse ponto, eu não tenho como apoiar essa intervenção militar, não tem cabimento isso, por favor. Nós precisamos ter na pior das hipóteses, as eleições acontecendo em outubro porque se Temer renunciar ou for obrigado a renunciar é eleição indireta, é Rodrigo Maia comandando um processo eleitoral no congresso, um processo que que não vei eleger BOLSONARO, não tem chance… Vai tirar só o presidente e manter todos os deputados e senadores. Uma intervenção numa hora dessa vai oxigenar o discurso da esquerda para eleições Deus sabe quando… “
VEJA: INTERVENÇÃO MILITAR – O QUE ACONTECE NO DIA SEGUINTE?
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